Meditações
Quanto você vale?
Que conceitos usamos para definir o valor de uma pessoa? Podemos estar certos de que estamos equivocados...
Quem é você? Quem sou eu? O que nos define? Como devemos avaliar alguém? Que critérios precisamos adotar para formar opinião sobre um indivíduo e, logo, para definir como nos relacionamos com ele? Não, ninguém é seu partido político. Nem o candidato que apoia. Isso exprime uma lasca de quem é um ser humano, não a sua totalidade. Há pessoas maravilhosas e horríveis de direita e de esquerda. Não, você não é sua denominação ou linha doutrinária. Há presbiterianos, batistas e pentecostais incríveis e outros que levam Jesus nos lábios mas não nas atitudes. Teologia não define como te vejo.
Time de futebol? Fala sério. Cor da pele? Menos ainda. Extrato bancário? Dinheiro não é caráter. Idade? Há idosos e jovens horríveis e maravilhosos. E por aí vai.
A conclusão é que características não nos definem. Adjetivos são pinceladas, não o quadro todo. Rótulos são o que de pior podemos colar na testa dos outros, pois, ao fazê-lo, categorizamos por frações, o que nos desvia do todo. Erro crasso.
“Homem não presta”, “Não pode ser cristão e de direita”, “Índio é tudo preguiçoso” e comentários generalistas, reducionistas e insensatos como esses só servem para nos fazer caminhar segundo premissas que não refletem a realidade.
Não caia nesse erro. Em vez de formar sua opinião sobre pessoas a partir de características limitadas e irreais, sugiro que olhe para o denominador comum de toda a humanidade. E o que seria isso?
1. Somos 7 bilhões de pessoas feitas à imagem e semelhança de Deus. Logo, todos somos valiosíssimos. Seu time, partido, denominação ou lugar onde mora não te definem nem estabelecem seu valor. Você vale tudo.
2. Somos 7 bilhões de pecadores. Todos, portanto, erramos. Falhamos. Machucamos. Logo, ninguém é melhor que ninguém e carecemos da graça divina. Seja mais humilde e misericordioso com o diferente, pois seria ridículo não ser. Você não vale nada.
Quando entendemos que cada indivíduo vale tudo e não vale nada, passamos a olhá-lo de forma totalmente diferente: com justiça alicerçada no amor e não na ira, pois valemos todos exatamente o mesmo.
Faça o teste. Tente olhar para si mesmo e para o próximo por esse ângulo. E tudo será diferente.
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari