1 Coríntios 15:35-38
Comentário Bíblico do Sermão
I. Morte, dissolução, decadência, decomposição, qualquer que seja o corpo submetido a esse processo, não é apenas nenhum obstáculo no caminho de aquele corpo viver novamente, mas oferece a presunção de que, se for para viver de novo, pode ser viver em uma condição superior; pode ser viver possuído por uma nova natureza, uma nova organização, adaptada à nova esfera em que será introduzida. No caso da semente, o grão nu é lançado ao solo para morrer, a ressurreição é para uma nova vida, para uma vida totalmente nova e fresca. A semente morta é vivificada para uma nova vida. Portanto, se o corpo deve existir novamente, pode estar sob uma nova lei da vida. A morte não é a destruição, mas a aceleração dela.
II. O corpo que você receberá na ressurreição pode diferir daquele que você tem agora, tanto quanto o que brota do solo e se apresenta para ser visto no final do outono na forma de uma luxuriante espiga de milho, difere da semente nua caiu na terra arada na primavera. O corpo que agora existe e o corpo que há de ser não serão exatamente o mesmo.
III. Ainda assim, existe uma identidade real. "Para cada semente seu próprio corpo." Deve ser o corpo que Deus deseja dar, mas ainda assim deve ser o seu próprio corpo. Deve ser um corpo que o próprio indivíduo e todos os que o conheceram podem e devem reconhecer como seu. Pode ser alterado do que era quando o túmulo o recebeu fraco, gasto, gasto. Pode ter o desabrochar da vida de verão, em vez da morte fria e sombria dos grãos nus. Não será, entretanto, tão mudado, mas o instinto da consciência sentirá que é o corpo no qual as ações desta vida foram feitas.
RS Candlish, Life in a Risen Savior, p. 134
A analogia da natureza.
Esta é a resposta de São Paulo às objeções contra a ressurreição do corpo. O objetor defendeu supostas impossibilidades. "Como os mortos são ressuscitados?" (como se a morte fosse extinção) "e com que corpo eles vêm?" (como se a corrupção fosse aniquilação). A resposta de São Paulo não vem da fé, mas da natureza. “A morte”, diz ele, “é uma condição de vida. A morte não extingue a semente; ela deve morrer antes que possa ser vivificada, e 'tu não semeias o corpo que há de ser, mas o grão puro.
'"A mudança ou corrupção da semente não é aniquilação, mas a germinação de uma nova forma, uma estrutura mais perfeita, a lâmina, o talo e a orelha. A natureza refuta sua impossibilidade imaginada por seus fatos perpétuos. A ressurreição é anterior seus olhos. Você já acredita. A natureza tem sua ressurreição e também sua graça; ambos são reinos de Deus, e Sua onipotência é semelhante em ambos. Há uma relação de virtude e poder, como entre semente e fruto; portanto, entre o corpo semeado e o corpo que será ressuscitado dos mortos.
Devemos considerar, não o assunto particular da controvérsia de São Paulo, a ressurreição do corpo, mas a forma de seu argumento, que costumamos chamar de analogia da natureza. É muito importante que compreendamos bem o seu uso; pois nenhum argumento é tão forte em sua esfera, e nenhum mais fatal se for levado longe demais. Dentro de seu alcance legítimo, torna a natureza divina; quando empurrado para além disso, reduz a fé a uma religião natural. Vejamos, então, até que ponto isso é bom e quando se torna ruim.
I. O argumento da analogia é bom e irrespondível. (1) Primeiro, quando é usado, como por São Paulo neste lugar, para refutar objeções. É completamente absurdo argumentar contra a revelação, ou quaisquer doutrinas específicas da revelação, com base em dificuldades e supostas impossibilidades semelhantes às que já podem ser encontradas nos fatos reconhecidos da natureza. (2) O argumento da analogia pode ser usado até certo ponto afirmativamente também.
O que era uma simples refutação torna-se uma prova presuntiva. Podemos agora dizer: "Você não pode negar esses fatos na natureza; você reconhece que a natureza vem de Deus; a fé é até agora uma contraparte da natureza, tem as mesmas características, os sinais de uma e mesma mão: como você pode negar que a fé também vem de Deus? " Isso não é oferecido como uma prova positiva ou construtiva. É uma forte presunção, uma alta probabilidade, mas a revelação aguarda sua própria evidência adequada. Isso apenas reduz o agressor à sua defesa e joga o fardo sobre o objetor.
II. Essa forma analógica de raciocínio pode ser ruim e destrutiva. (1) Seria mera infidelidade tomar a analogia da natureza como medida ou limite da revelação. Pois isso, de fato, tem sido o argumento normal dos livres-pensadores. Na verdade, como foi dito por um grande mestre da analogia, não podemos ser juízes da sabedoria de Deus na ordem que encontramos estabelecida no mundo; e nada além do conhecimento de outro mundo, ao qual possamos compará-lo, forneceria o critério para tal julgamento. Vamos, então, enquanto rastreamos a unidade e harmonia de todas as obras de Deus, tanto na natureza quanto na graça, cuidado como limitamos a multiforme plenitude do procedimento Divino.
HE Manning, Sermons, vol. iv., p. 152
Referências: 1 Coríntios 15:35 . Spurgeon, Sermons, vol. vi., No. 306; Homilista, 1ª série, vol. vi., p. 328. 1 Coríntios 15:35 . FW Robertson, Lectures on Corinthians, p.
232. 1 Coríntios 15:36 ; 1 Coríntios 15:37 . HP Liddon, Christian World Pulpit, vol. xxxiii., p. 241. 1 Coríntios 15:37 ; 1 Coríntios 15:38 .
G. Dawson, The Authentic Gospel, p. 308. 1 Coríntios 15:38 . H. Batchelor, A Encarnação de Deus, p. 101; CS Brooks, Christian World Pulpit, vol. viii., p. 161; HJ Wilmot Buxton, The Children's Bread, p. 88