1 Coríntios 15:57
Comentário Bíblico do Sermão
São Paulo fala neste capítulo como se a ressurreição de Cristo fosse a vitória sobre o túmulo. Era impossível então, para os homens, antes da ressurreição de Cristo, olhar além da sepultura?
I. Os apóstolos inquestionavelmente falam da ressurreição de nosso Senhor como um fato sem precedentes na história do mundo. Mas eles dizem que sua importância para os seres humanos está nisso, que declarou Jesus como o Filho de Deus com poder. Foi um ato retrospectivo e prospectivo. Revelou a cabeça da raça humana. Revelou a relação da raça humana, na pessoa de sua Cabeça, com o Pai de todos.
Aquilo que se manifestou como verdadeiro, quando Aquele que assumiu sobre Si a nossa natureza e morreu enquanto morremos, ressuscitou da morte porque não poderia ser retido por ela, sempre foi verdadeiro. Aqueles que creram em Cristo não podiam duvidar que o homem deveria aprender sua condição de Cristo, que ele poderia aprender somente de Cristo. A evidência da ressurreição está em toda a história, em todas as experiências e na vida dos homens, até aquela hora.
Pescadores e fabricantes de tendas não puderam estabelecê-lo. Se houvesse tal Pessoa, tal Cabeça do homem, tal Filho de Deus, como eles disseram ser denotado por este evento, Deus mostraria que havia; se não, não havia evangelho.
II. É Deus quem nos dá a vitória. Corremos o mesmo perigo de imaginar que Ele não é o Deus da Vida, mas da morte que busca nossa destruição, como os judeus ou gregos. E a seguir, é muito necessário lembrar que esta vitória é um presente. Portanto, entregue sua vida a Deus, para que Ele possa usá-la como Ele sabe melhor. Que Ele tenha o teu vigor, para o voltar contra os inimigos do teu país e dos homens.
Que Ele tenha tua fraqueza, para que Seu amor e simpatia paternais, e a obediência que Ele operou em Cristo por meio do sofrimento, possam brilhar em ti. Esteja certo de que Ele tem vários métodos de manifestar o poder da ressurreição de Seu Filho aqui; mas que, se nEle confiares e não desfalecer, o fim será o mesmo; todos compartilharão igualmente a vitória.
III. É uma vitória. A imortalidade não é natural se por natural se entende o que aconteceria a nós se não fôssemos seres espirituais voluntários. Ele pertence a nós apenas como seres espirituais voluntários. Se renunciarmos a essa condição, renunciaremos a nossa imortalidade, assumiremos nossa posição como mortais. Mas não podemos renunciar a isso; sentimos e sabemos que não podemos, mesmo quando estamos tentando fazer isso, mesmo quando estamos nos rebaixando à mais profunda ignomínia.
E, portanto, não vamos parar por um momento de conectar ressurreição com fé, com esperança; portanto, com conflito. Não podemos, se conectarmos a ressurreição de Cristo com a nossa, se julgarmos a nossa pela Sua. Ele fixou Seu rosto como uma pederneira, Suas vestes eram as vestes dAquele que pisou na gordura do vinho. Foi uma agonia, embora fosse a agonia da submissão. Seu suor era como gotas de sangue, embora o resultado fosse: "Pai, não a Minha vontade, mas a Tua seja feita." Portanto, Deus deu a Ele a vitória, a vitória perfeita de espírito, alma e corpo.
FD Maurice, Sermons, vol. iii., p. 299.
Referências: 1 Coríntios 15:57 . GB Ryley, Christian World Pulpit, vol. vii., p. 116; HW Beecher, Ibid., Vol. xxiv., p. 402; G. Brooks, Five Hundred Outlines, p. 112; JJS Perowne, Contemporary Pulpit, vol. ii., p. 230