2 Coríntios 12:10
Comentário Bíblico do Sermão
Força na fraqueza.
I. O que fez com que o coração de São Paulo transbordasse neste paradoxo agora familiar? Foi uma tentação pessoal especial de um tipo muito doloroso, que ele chama de espinho na carne. Ele foi atacado por algum tipo de prova tão severa que fala dela como um mensageiro de Satanás, e implorou ao Senhor não uma, mas três vezes, para que ela se afastasse dele. Sua oração foi atendida, embora de uma maneira diferente daquela que ele esperava.
Foi respondido em substância. Sua enfermidade permaneceu, mas ele foi ensinado que, longe de ser o mais fraco por isso, ele poderia se tornar o mais forte; e ainda mais, o poder do Mestre iria "sair", como dizemos, ainda mais proeminentemente em conseqüência da fraqueza de Seu servo. Quanto mais dolorosas e óbvias as deficiências sob as quais São Paulo pudesse trabalhar pessoalmente, mais claro se tornaria que quaisquer triunfos alcançados por ele eram devidos, não a si mesmo, mas a Cristo. Sua fraqueza, como podemos expressar, seria um contraponto à força de Cristo.
II. Na verdade, é uma lei universal que a força se aperfeiçoa na fraqueza; essa força é realçada com mais força quando aparece em um agente naturalmente fraco. A lei tem infinitas ilustrações e são muito bonitas. Por exemplo, o pássaro mais tímido mostrará coragem quando seus filhotes forem ameaçados pelo perigo. Aqui é o instinto de afeição dos pais que extrai força da fraqueza.
E, para dar uma ilustração mais elevada, o que é mais interessante do que assinalar quantos dos maiores comandantes na guerra, por terra e mar, foram homens cuja constituição parecia sempre a ponto de quebrar? Aqui é o patriotismo ou o orgulho profissional que torna a força perfeita na fraqueza; mas quando chegamos aos perigos e conflitos espirituais, realmente não há poder no céu ou na terra que pode nos dar a vitória permanentemente, mas o poder de Cristo de cima operando em nós aqui embaixo.
Devemos sentir que Cristo é absolutamente essencial para nós; que aos pés de Sua cruz e ao pé de Seu trono no céu está a única força que pode levar qualquer um de nós através da vida na terra para a vida no céu.
HM Butler, Harrow Sermons, p. 365
Força fora da fraqueza.
A verdadeira posição da Igreja de Deus no mundo é a de fraqueza, e é por esta mesma fraqueza que ela manifesta o seu poder. Quando o cristão está mais consciente de sua própria fraqueza e mais desconfiado de sua própria força, então o poder de Cristo repousa sobre ele. O Salvador não satisfaz ninguém, exceto o faminto, e fortalece apenas o fraco.
I. A sensação de fraqueza tem uma tendência natural de nos tornar fortes, porque nos coloca em guarda contra a tentação. Nunca corremos mais perigo de cair nas armadilhas do diabo do que quando nos gabamos de estar mais seguros.
II. Um sentimento de fraqueza é calculado para nos dar força, porque nos obriga a confiar no Salvador. A autodependência é uma cana quebrada. Pode ser útil, talvez, quando nenhuma grande pressão deve ser suportada, mas quando as provações e aflições vierem, com seu peso esmagador, devemos ter debaixo de nós os braços eternos. Quanto mais abrirmos mão da confiança em nós mesmos, mais abundante será a ajuda que receberemos de Deus.
III. Um sentimento de fraqueza tem uma tendência natural de nos tornar fortes, tornando-nos fervorosos e perseverantes na oração. Quando o bom e velho Bispo Latimer estava descrevendo a maneira como seu pai o treinou como filho de um camponês, ele disse: "Eu comprei meus arcos de acordo com minha idade e força: conforme eu aumentava neles, meus arcos se tornavam maiores e Maior." Assim, os meninos tornam-se besteiros e, por igual aumento no peso de suas provações, os cristãos se tornam veteranos nas hostes do Senhor.
JN Norton, Todo Domingo, p. 385.
Força na fraqueza.
A resposta de Deus à oração de Paulo estabelece uma lei geral. Deus não promete apenas aperfeiçoar a força de Paulo nessa fraqueza particular: Ele declara a verdade geral, uma verdade não peculiar à vida espiritual, embora aparecendo ali em seu aspecto mais nobre, que a força é aperfeiçoada na fraqueza.
I. Força aperfeiçoada na fraqueza. Sabemos que o inverso é verdadeiro: que a fraqueza é aperfeiçoada em força; pois tanto nossa leitura quanto nossa experiência nos mostram que as maiores manifestações de fraqueza são constantemente vistas naqueles que o mundo considera os mais fortes. Por outro lado, as ilustrações são igualmente abundantes em força aperfeiçoada na fraqueza. Eles se referem a nós em nossa vida cotidiana. A consciência da enfermidade freqüentemente torna seu sujeito tão cauteloso, e o coloca sob disciplina tão cuidadosa, que ele realiza mais do que outro que está livre da enfermidade.
II. Veja a verdade em seu lado religioso. Em seguida, vem um relevo ainda mais forte, porque na economia cristã a fraqueza é considerada uma condição universal, e a dependência é, portanto, a lei universal da vida cristã. Aí é invariavelmente verdade que a verdadeira força só provém daquela fraqueza que, desconfiada de si mesma, se entrega a Deus. Lá é invariavelmente verdade que a força de Deus brilha por meio da enfermidade humana e freqüentemente seleciona para suas melhores e mais ricas expressões os mais pobres, mais fracos, mais sobrecarregados da humanidade.
III. No texto não há encorajamento para acalentar fraquezas. A fraqueza não é considerada uma coisa boa em si. O objetivo do treinamento cristão é tornar os homens fortes; e o salmista nos diz que os filhos de Deus vão de vento em popa. Mas a fraqueza é um fato universal na natureza humana. Nosso Senhor cobre toda a humanidade com a declaração de que a carne é fraca, e o texto nos diz para reconhecer o fato e providenciar contra ele tomando a força de outra pessoa. O que ela recomenda é a permissão da fraqueza consciente para que a força de outra pessoa se espalhe por si mesma e a impregne e transforme, um
"Santa força cuja base
Está na terra celestial. "
MR Vincent, The Covenant of Peace, p. 96
Referências: 2 Coríntios 12:10 . PT Forsyth, Christian World Pulpit, vol. xiii., p. 85; Preacher's Monthly, vol. viii., p. 7. 2 Coríntios 12:11 . Spurgeon, Sermons, vol. xxv., No. 1458; JH Newman, Sermons on Subject of the Day, p. 14