Neemias 2:17
Comentário Bíblico do Sermão
Jerusalém para nós é a Igreja. "O muro de Jerusalém foi derrubado", disseram os fugitivos a Neemias. Não é esta a mensagem que muitas vozes nos trazem hoje de todos os quadrantes da cristandade? Vejamos o que o exemplo de Neemias deve nos ensinar.
I. A tristeza de Neemias é a primeira coisa que nos impressiona em sua história. Jerusalém está deserta; isso é causa suficiente para seu coração não ter descanso. Você entende uma tristeza como a de Neemias? Você sabe o que é gemer como ele fez por causa da desolação de Jerusalém? A leveza de nossas tristezas pode ser medida pela fraqueza de nossas obras, pois somente podem agir poderosamente sobre este mundo aqueles que carregam para todos os lugares sua miséria e tristezas em suas almas.
Neemias sofre, mas em auto-humilhação. Jerusalém está devastada por culpa dos anciãos, que deveriam tê-la salvado; e ele, um estranho à infidelidade deles, acusa-se disso. "Senhor", diz ele, "tem misericórdia de nós, pois nós pecamos."
II. Mas Neemias faz mais do que lamentar. Ele age, e para agir sabe sacrificar tudo. À paz de que goza, ele prefere os perigos de uma luta sem trégua, ao futuro brilhante que o espera o opróbrio de seu povo. O espírito de sacrifício é a segunda característica que ele nos dá como exemplo; além disso, é o que sempre distingue aqueles que desejam servir a Deus abaixo. Só estes são capazes e dignos de erguer os muros de Jerusalém, os quais, como Neemias, saberão sacrificar tudo por Deus.
III. Observe a grandeza da fé de Neemias. Essa grandeza deve ser medida primeiro pela escassez de seus recursos e, em seguida, pelos vastos obstáculos que ele encontra. Diante dos zombadores, diante dos sagazes, diante dos políticos, ouça sua linguagem: "O Deus do céu, nos fará prosperar, mas vós não tendes parte, nem direito, nem memorial em Jerusalém." Como Neemias, vimos as ruínas que nossa época se amontoou, mas sua própria magnitude nos enche de esperança. Vinde, e tornemos a erguer o muro de Jerusalém, para que não sejamos mais um opróbrio.
E. Bersier, Sermons, 2ª série, p. 1
Neemias 2:17 ; Neemias 6:15 ; Neemias 12:43
I. Considere o fato da decadência, decadência, degeneração, de um tipo Divino. Disto temos duas instâncias: em Israel e na Igreja. (1) Sob a antiga dispensação, Israel na intenção Divina significava aqueles em quem uma grande idéia foi realizada. Provas de que essa unidade ideal nunca foi perdida de vista podem ser vistas ( a ) na vida de Elias; ( b ) na vida de São Paulo. (2) Um exemplo paralelo de declínio de um tipo divino que temos na Igreja.
Decadência parcial e decadência temporária, em todo caso, parece ser uma condição da existência da Igreja aqui embaixo. A Terra está espalhada com os destroços dos ideais do céu. Está bem. As decepções da história nos ensinam a olhar para frente e para cima.
II. Na restauração operada por Neemias, temos (1) um tipo de todos os verdadeiros reparadores de Deus; (2) lições para todos esses reparos. Observe (a) os construtores trabalharam sob as armas; ( b ) trabalharam sob a cooperação harmoniosa do sacerdócio e dos leigos, quase poderíamos dizer, na linguagem moderna, da Igreja e do Estado.
III. Observe, por último, o triunfo. Houve desânimo de fora e de dentro. Quando os construtores da Igreja estiverem de pé e trabalhando, Sanballat não ficará em silêncio. O epigrama amargo de Tobias não faltará. Mas depois de todo o desânimo, o dia do triunfo amanhece sobre esses corações que aguardam. A força do Senhor havia sido sua alegria; a alegria do Senhor tornou-se sua força. Não é assim com a Igreja? O povo de Deus tem uma mente para trabalhar.
A Igreja deve ser reparada. Um dia, a luz de verão de Deus atingirá a linha superior. Cristo, o Divino Curador, possuirá a obra de restauração por milagres de amor no portão das ovelhas e no tanque de Siloé. A teologia da Encarnação se provará capacitando os homens a compreender o que, de outra forma, é uma massa emaranhada de contradições do caráter e da vida de Jesus.
Bispo Alexander, Christian World Pulpit, vol. iv., p. 241.
Referências: Neemias 2:17 . S. Baring-Gould, Village Preaching for a Year, vol. ii., Apêndice, No. 11: 2: 18. Preacher's Monthly, vol. iv., p. 173; A. Rowland, Christian World Pulpit, vol. xxviii., p. 54; AJ Griffith, Ibid., Vol. xvi., p. 137. 2 Parker, Fountain, 28 de junho de 1877. Neemias 3:8 .
Spurgeon, Evening by Evening, p. 235. Neemias 3:12 . Homiletic Magazine, vol. xv., p. 346. Neemias 3:15 . MG Pearse, Sermons to Children, p. 24; Spurgeon, Sermons, vol. xiv., No. 790; Ibid., Evening by Evening, p. 103