Jó 42:1-10
O ilustrador bíblico
Então Jó respondeu ao Senhor e disse.
Confissão e restauração de Jó
I. O reconhecimento de Jó da grandeza de Deus. Ao longo de seus discursos, Jó freqüentemente afirmou a majestade de Deus. Mas agora ele tem uma nova visão disso, que transforma o espanto em reverência e o medo em adoração.
II. A confissão de Jó de sua ignorância. Ele sentiu que em suas declarações anteriores ele tinha sido culpado de dizer o que ele não entendeu. É uma falha muito comum ser muito confiante e combinar nosso pouco conhecimento com as maravilhas do universo. “Eis que nada sabemos”, é a verdadeira sabedoria do homem.
III. A humildade de Jó diante de Deus. Uma grande mudança havia ocorrido em seu espírito. No início, ele havia procurado se justificar e acusar a Deus - da estranheza e do mistério de Seus caminhos. Agora, no final, ele se arrepende no pó e nas cinzas, e até mesmo se aborrece por sua afronta e impaciência.
4. A condenação de Deus aos amigos de Jó. Os amigos de Jó não falaram o que era certo de Deus e de Seus caminhos. Eles haviam atribuído uma severidade mecânica à Sua administração dos assuntos humanos. Além disso, eles haviam mostrado um espírito acrimonioso em sua denúncia de Jó. Então Deus os reprovou e ordenou que preparassem uma oferta queimada de sete novilhos e sete carneiros para oferecer por seus pecados.
V. A abundante prosperidade de Jó. Grande Fim próspero como Jó fora antes de suas aflições, ele foi ainda maior e mais próspero depois disso. Deus deu a ele o dobro do que ele tinha antes. ( SG Woodrow. )
Confissão e restauração de Jó
Essa passagem apresenta o resultado da comunhão de Jeová com Jó.
I. O resultado interiormente.
1. Novos conhecimentos de Jó.
(1) Ele tem um novo conhecimento de Deus - não exatamente novo em seus fatos, mas novo em sua apreciação deles. Não era tanto um conhecimento de que Deus é, mas que Ele é onipotente e sábio em Sua providência. Cada revelação de Deus aos nossos corações tem como conteúdo, acima do fato da existência de Deus, os fatos de Seu caráter. Deus nunca nos é mostrado, exceto com Seus atributos. Esse novo conhecimento veio a Jó porque ele sofreu.
Quando Jó vê Deus e fica sabendo de seus atributos, o atributo de sinalização que ele questionou e sobre o qual ele naturalmente gostaria de saber - a justiça - permanece em segundo plano. Quando Deus se mostra a nós, ficamos satisfeitos, embora Ele não mostre aquela parte de Si mesmo que mais desejamos ver.
(2) Um novo conhecimento de si mesmo. Ele diz francamente que estava falando sobre o que era ignorante. O tempo todo Jó vinha discutindo sobre Deus com seus amigos com base em duas suposições - que ele era capaz de saber tudo sobre ele e que sabia tudo sobre ele. Ele agora descobre que se enganou em ambos. Como é difícil nos conhecermos, mesmo negativamente. Uma visão do Infinitamente Santo nos convence do pecado. Aprendemos o que somos em contraste com outra coisa.
2. Em conexão com o novo conhecimento de Jó, surgiu um novo estado de coração.
(1) Ele estava disposto a ter suas perguntas sem resposta. Todo pensamento sobre o incômodo problema do sofrimento parece ter sido esquecido. A fé silenciou a dúvida. Não fomos feitos para saber algumas coisas. A questão é: como ficar satisfeito sem saber.
(2) A aparição de Deus trouxe a Jó a rara virtude da humildade. Não podemos dizer com verdade que até então Jó havia demonstrado qualquer excesso dessa virtude. Agora ele vê que a atitude mental da qual suas palavras ousadas Godward surgiram era imprópria para alguém que era apenas uma criatura. Não é sinal de grandeza imaginar-se infalível. Reconhecer o erro é um sinal de progresso.
(3) Jó vai além da humildade ao arrependimento. Ele diz que poeira e cinzas são o melhor expoente de seu estado de espírito. O arrependimento está aberto a qualquer homem que pensa. Ninguém, nem mesmo o justo Jó, precisa procurar muito por motivos de arrependimento.
II. O resultado exterior da conexão de Jó com Deus.
1. Seus infortúnios foram revertidos. Não podemos inferir disso que Deus sempre restaurará literalmente a prosperidade terrena para aqueles que são afligidos por sua perda. O que podemos inferir razoavelmente é que Deus controla as coisas externas para fins bons para nós. Não devemos inferir que a mão do Senhor está encurtada, mas Ele escolhe Seu próprio caminho.
2. Deus transforma a tristeza de Jó em alegria. Algum tempo ou algum em que Ele fará o mesmo por nós se formos Dele. Pode ser principalmente nesta vida, como no caso de Jó. A área de visão foi ampliada por nosso bendito Senhor, que trouxe à luz a vida e a imortalidade.
3. Jó pôde ser útil para seus amigos. Jeová ficou zangado com os três amigos. A vinda de Deus a Jó foi um meio de ele ser uma bênção para outros. É assim conosco.
III. Aulas gerais.
1. A conclusão do Livro de Jó nos mostra a misericórdia de Deus. Deus às vezes parece impiedoso, mas é apenas aparente.
2. As perguntas de Jó permanecem sem resposta. O mistério da Providência não foi resolvido.
3. Mesmo assim, Jó estava satisfeito. Era melhor para ele que Jeová revelasse a Si mesmo e Sua glória a ele, do que saber todas as coisas que ele queria saber. Existe algo melhor do que o conhecimento, algo para o qual o conhecimento não seria um substituto, a paz da alma na comunhão com Deus.
4. A lição suprema deste livro sublime é que a alegria vem por meio da submissão a Deus; a felicidade da alma humana não está na conquista, mas no ser conquistada; não em exaltação, mas em humilhação. ( DJ Burrell, DD )
Confissão e restauração de Jó
O objetivo principal do Livro de Jó é provar e ilustrar a glória e a força de uma religião pura e altruísta. Jó se reconciliou com seus sofrimentos, não por argumentos, mas por uma revelação direta do caráter de Deus. Temos aqui o que tem sido bem chamado de "uma controvérsia religiosa resultando em fracasso total". Nenhuma das partes estava convencida; cada um manteve seus próprios pontos de vista. O resultado neste caso, como em toda controvérsia religiosa ocorrida desde então, foi amargura de espírito e alienação de coração, sem acrescentar muito à causa da verdade.
Não foi quando os amigos se dirigiram a ele que Jó se convenceu, mas quando Jeová se dirigiu a ele - quando o colocou face a face com as maravilhas da criação - então o mistério do sofrimento foi resolvido. No momento em que um homem começa a ter uma percepção viva de Deus, quando Deus se torna uma presença e uma realidade para ele, ele começa a se arrepender de seus erros. Jó estava irritado, reclamando e um tanto vingativo em suas provações.
Quanto mais perto um homem se aproxima de seu ideal perfeito, mais ele sente suas imperfeições. À medida que o senso moral da raça aumenta, mais hediondos parecem os chamados pecados menores. O termo que Jó usa quando diz “eu me arrependo” é idêntico ao que é usado no Novo Testamento para indicar a tristeza piedosa da qual não devemos nos arrepender. Significa um genuíno afastamento do mal. Observe que os reprovadores são reprovados.
Os médicos são tratados com uma dose do próprio remédio. Seu dogma cai sobre suas próprias cabeças. Eles haviam colocado a justiça de Deus acima de todos os Seus outros atributos, e agora essa mesma justiça se pronuncia contra eles. É muito fácil cair no erro dos três amigos de Jó, de nos colocarmos como monopolistas da verdade e deixar as pessoas ao nosso redor que não concordam conosco muito desconfortáveis.
O problema com os amigos de Jó era que em seu zelo para vindicar sua doutrina favorita, eles não apenas ignoraram outras doutrinas que eram tão importantes quanto, mas violaram alguns dos princípios mais simples de justiça. Como Deus trata esses debatedores inúteis? Ele repreende a suposição deles, enviando-os à vítima de sua perseguição, para que ore por eles. Eles fizeram o que lhes foi dito.
A lição foi humilhante, mas salutar, e eles mostraram sua verdadeira bondade de coração por sua pronta obediência. Não devemos deixar de notar no belo clímax a dupla lição que contém. Houve erros em ambos os lados. Jó teve pouca oportunidade de se gabar de sua vitória, e a grandeza de sua alma apareceu na cordialidade com que ele aceitou a decisão divina. Aqui temos a única solução verdadeira para a controvérsia das religiões.
Entre os cristãos que discordam, não pode haver vencedor ou vencido. As dissensões que terminam na glorificação de uma parte e na humilhação da outra são seguidas apenas por conflitos mais acirrados ou são o início de um longo afastamento. Somente quando Elifaz e Jó podem se ajoelhar é que uma paz real é estabelecida. ( CA Dickinson. )