1 Tessalonicenses

Sinopses de John Darby

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Introdução

Introdução a I Tessalonicenses

Encontramos na Epístola aos Tessalonicenses, e especialmente na primeira (pois na segunda já era necessário guardar esse frescor dos ataques pérfidos do inimigo), a condição e a esperança do cristão como tal neste mundo em toda a sua frescura. Essas duas epístolas são as primeiras que Paulo escreveu, a menos que excluamos aquela aos Gálatas, cuja data é incerta. Já há muito ocupado com o trabalho, é somente quando este trabalho foi consideravelmente avançado que, ao zelar por ele, ele o guarda por meio de seus escritos, escritos, como vimos, de caráter variado, de acordo com o estado das igrejas e de acordo com à sabedoria divina que, por este meio, depositou nas escrituras o que seria necessário para todos os tempos.

Recém-convertidos, os cristãos de Tessalônica sofreram muito com a perseguição do mundo, uma perseguição que os judeus daquele lugar já haviam provocado anteriormente contra o próprio Paulo. Feliz com o trabalho gracioso ali, e regozijando-se no estado de seus queridos filhos na fé (um testemunho que foi dado em toda parte, até mesmo pelo mundo), o apóstolo abre seu coração; e o Espírito Santo expõe por sua boca qual era a condição cristã sobre a terra que foi a fonte de sua alegria no caso dos tessalonicenses; e que esperança lançou sua luz sobre a existência do crente, brilhando ao seu redor por toda a sua vida e iluminando seu caminho no deserto.

Todos nós sabemos que a doutrina da vinda de Cristo, que acompanha universalmente a obra do Espírito que une nossos corações a Ele na primeira primavera de uma nova vida, é especialmente apresentada a nós nestas duas epístolas. E não é meramente ensinada formalmente como uma doutrina; está ligada a todas as relações espirituais de nossas almas, manifesta-se em todas as circunstâncias da vida do cristão.

Somos convertidos para esperar por Ele. A alegria dos santos nos frutos de seus trabalhos é realizada em Sua presença. É na vinda de Cristo que a santidade tem todo o seu valor, sendo sua medida vista naquilo que então se manifesta. É o consolo quando os cristãos morrem. É o julgamento inesperado do mundo. É para a vinda de Cristo que Deus preserva os Seus em santidade e irrepreensível.

Veremos esses pontos expostos em detalhes nos diferentes capítulos da primeira epístola. Apenas os apontamos aqui. Em geral, veremos que os relacionamentos pessoais e a expectativa de Sua aparição têm um frescor notável e animador nesta epístola em todos os aspectos. O Senhor está presente ao coração é seu objeto; e as afeições cristãs brotam na alma, fazendo abundar os frutos do Espírito.

Somente nestas duas epístolas se diz que uma assembléia está "em Deus Pai", isto é, plantada nessa relação tendo sua existência moral seu modo de ser nela. A vida da assembléia se desenvolveu na comunhão que brotou dessa relação. O Espírito de adoção o caracteriza. Com o afeto das criancinhas, os tessalonicenses conheceram o Pai. Assim diz João, ao falar das criancinhas em Cristo: “Escrevo-vos porque conhecestes o Pai.

"É a primeira introdução na posição de liberdade em que Cristo nos colocou liberdade diante de Deus e em comunhão com Ele. Posição preciosa! relacionamento, de acordo com a perfeição divina, pois aqui não é a adaptação da experiência humana de Cristo às necessidades em que Ele a adquiriu (por mais preciosa que seja essa graça); é nossa introdução no gozo sem mistura da luz e do divino afeições demonstradas no caráter do Pai.

É a nossa comunhão, terna e confiante, mas pura, com Aquele cujo amor é a fonte de todas as bênçãos. Tampouco duvido que, recém-saídos do paganismo como eram os tessalonicenses, o apóstolo se refira ao conhecimento deles do único Deus verdadeiro, o Pai, em contraste com seus ídolos.