Jeremias 52:1-34
Sinopses de John Darby
O último capítulo não faz parte do livro de Jeremias, propriamente dito. Encontramos nele eventos relativos à destruição de Jerusalém e do templo. Após as observações que fizemos, o que é dito sobre Babilônia será facilmente entendido.
Recapitulo aqui os princípios deste livro por causa de sua importância. O império da Babilônia, em conseqüência da infidelidade da casa de Davi, foi estabelecido pelo próprio Deus e encarregado do governo do mundo. Mas Babilônia não apenas oprimiu Israel, mas estabeleceu idolatria e corrompeu o mundo. Aquele que deveria ter sido um adorador do verdadeiro Deus e um instrumento de Seu poder, estabeleceu, tanto quanto pôde, a influência do inimigo.
Deus o julgou. O império que o próprio Deus estabeleceu foi totalmente derrubado. Este julgamento foi executado contra o orgulho do homem e contra a idolatria. Ao mesmo tempo, foi a libertação de Israel. Esta última consideração deu origem a uma declaração da parte de Deus do que Israel era para Ele, e o que será nos últimos dias. Mas o assunto tratado é a Babilônia daquele dia.
Desde então, Deus permitiu que outros poderes existissem, governando o mundo com domínio universal, até o cumprimento final de todos os Seus propósitos. Esses impérios subsistiram de acordo com a Sua vontade, foram levantados ou derrubados como Ele achou bom. Mas nenhum deles ocupou precisamente o mesmo lugar que Babilônia. Nenhum deles foi formalmente estabelecido no lugar de Israel, nem a destruição de nenhum deles foi a ocasião da restauração de Israel.
A palavra da profecia nos assegura que no final dos dias, o julgamento do último império terá esse efeito. O julgamento de Babilônia, de certa forma, o prenunciou; como seu caráter moral iniciou a triste história dessas monarquias, e serviu de modelo para elas em muitos aspectos quanto ao mal que deveria ser desenvolvido até o fim. Mas, para entender os princípios fundamentais desta história e as relações de Deus, o lugar que este primeiro império ocupou nessas relações deve ser clara e distintamente mantido em mente.
Além do imenso fato da substituição do império nas mãos do homem, para o exercício imediato do governo de Deus na terra, o testemunho diligente que Deus enviou e as advertências a rei após rei, ao povo e aos sacerdotes, é muito marcante neste livro, a paciência do amor e interesse de Deus.