1 Timóteo 6:9,10
Bíblia de Estudo Diário Barclay (NT)
Aqueles que desejam ser ricos caem em tentação e cilada, e em muitos desejos insensatos e nocivos pelas coisas proibidas, desejos que inundam os homens em um mar de ruína e perda total no tempo e na eternidade. Pois o amor ao dinheiro é uma raiz da qual brotam todos os males; e alguns, em sua busca por ela, foram tristemente desviados e transfixados com muitas dores.
Aqui está um dos ditos mais mal citados da Bíblia. A Escritura não diz que o dinheiro é a raiz de todos os males; diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Esta é uma verdade da qual os grandes pensadores clássicos estavam tão conscientes quanto os mestres cristãos. “O amor ao dinheiro, disse Demócrito, “é a metrópole de todos os males”.
" "O amor ao dinheiro, disse Phocylides, "é a mãe de todos os males." Philo falou de "amor ao dinheiro, que é o ponto de partida das maiores transgressões da Lei". Ateneu cita um ditado: "O prazer da barriga é o começo e a raiz de todo mal."
O dinheiro em si não é bom nem mau; mas o amor pode levar ao mal. Com ela, um homem pode servir egoisticamente a seus próprios desejos; com ela, ele pode atender ao clamor da necessidade de seu próximo. Com ela ele pode facilitar o caminho do mal; com ela, ele pode tornar mais fácil para alguém viver como Deus quis que ele vivesse. O dinheiro em si não é um mal, mas é uma grande responsabilidade. É poderoso para o bem e poderoso para o mal. Quais são então os perigos especiais envolvidos no amor ao dinheiro?
(i) O desejo por dinheiro tende a ser uma sede insaciável. Havia um provérbio romano que dizia que a riqueza é como a água do mar; longe de saciar a sede de um homem, ela a intensifica. Quanto mais ele consegue, mais ele quer.
(ii) O desejo de riqueza é baseado em uma ilusão. Baseia-se no desejo de segurança; mas a riqueza não pode comprar segurança. Não pode comprar saúde, nem amor verdadeiro; e não pode preservar da tristeza e da morte. A segurança que se baseia em coisas materiais está fadada ao fracasso.
(iii) O desejo por dinheiro tende a tornar o homem egoísta. Se ele é movido pelo desejo de riqueza, não é nada para ele que alguém tenha que perder para que ele possa ganhar. O desejo de riqueza fixa os pensamentos de um homem sobre si mesmo, e os outros se tornam apenas meios ou obstáculos no caminho para seu próprio enriquecimento. É verdade que isso não precisa acontecer; mas na verdade costuma acontecer.
(iv) Embora o desejo de riqueza seja baseado no desejo de segurança, ele termina em nada além de ansiedade. Quanto mais um homem tem para guardar, mais ele tem para perder e, a tendência é que ele seja assombrado pelo risco da perda. Há uma velha fábula sobre um camponês que prestou um grande serviço a um rei que o recompensou com um presente de muito dinheiro. Por um tempo, o homem ficou emocionado, mas chegou o dia em que implorou ao rei que retirasse seu presente, pois em sua vida havia entrado a até então desconhecida preocupação de que ele pudesse perder o que tinha. John Bunyan estava certo:
"Aquele que está caído não precisa temer a queda,
Aquele que é baixo, sem orgulho;
Aquele que é humilde sempre deve
Tenha Deus como seu guia.
Estou contente com o que tenho,
Pouco ou muito;
E, Senhor, contentamento ainda desejo,
Porque Tu os salvas.
Plenitude para tal fardo é
Que vão em peregrinação;
Aqui pouco, e no futuro bem-aventurança,
É melhor de idade para idade."
(v) O amor ao dinheiro pode facilmente levar um homem a caminhos errados de obtê-lo e, portanto, no final, à dor e ao remorso. Isso é verdade até fisicamente. Ele pode conduzir seu corpo de tal forma em sua paixão por obter, que arruína sua saúde. Ele pode descobrir tarde demais o dano que seu desejo causou aos outros e ser sobrecarregado pelo remorso.
Procurar ser independente e prudentemente prover o futuro é um dever cristão; mas fazer do amor ao dinheiro a força motriz da vida não pode ser outra coisa senão o mais perigoso dos pecados.
DESAFIO A TIMÓTEO ( 1 Timóteo 6:11-16 )