19-22 Se essa promessa foi suficiente para a salvação, por que então serve a lei? Os israelitas, embora escolhidos para serem o povo peculiar de Deus, eram pecadores, assim como outros. A lei não tinha a intenção de descobrir uma maneira de justificação, diferente daquela divulgada pela promessa, mas de levar os homens a ver sua necessidade da promessa, mostrando a pecaminosidade do pecado, e a apontar para Cristo, através de quem somente eles poderia ser perdoado e justificado. A promessa foi feita pelo próprio Deus; a lei foi dada pelo ministério dos anjos e pela mão de um mediador, Moisés. Portanto, a lei não pôde ser projetada para anular a promessa. Um mediador, como o próprio termo significa, é um amigo que se interpõe entre duas partes e não deve agir meramente com e para uma delas. O grande desígnio da lei era que a promessa pela fé de Jesus Cristo fosse feita aos que cressem; que, convencidos de sua culpa e da insuficiência da lei para fazer justiça a eles, podem ser persuadidos a crer em Cristo e, assim, obter o benefício da promessa. E não é possível que a santa, justa e boa lei de Deus, o padrão do dever de todos, seja contrária ao evangelho de Cristo. Tende a todos os modos de promovê-lo.