Salmos 142:1-7
1 Em alta voz clamo ao Senhor; elevo a minha voz ao Senhor, suplicando misericórdia.
2 Derramo diante dele o meu lamento; a ele apresento a minha angústia.
3 Quando o meu espírito se desanima, és tu quem conhece o caminho que devo seguir. Na vereda por onde ando esconderam uma armadilha contra mim.
4 Olha para a minha direita e vê; ninguém se preocupa comigo. Não tenho abrigo seguro; ninguém se importa com a minha vida.
5 Clamo a ti, Senhor, e digo: "Tu és o meu refúgio; és tudo o que tenho que na terra dos viventes.
6 Dá atenção ao meu clamor, pois estou muito abatido; livra-me dos que me perseguem, pois são mais fortes do que eu.
7 Liberta-me da prisão, e renderei graças ao teu nome. Então os justos se reunirão à minha volta por causa da tua bondade para comigo".
Nesse salmo, a necessidade humana é ainda mais vividamente exposta. Aqui se vê a consciência resultante das dificuldades descritas no salmo anterior. Aqui há uma combinação de lutas e medos internos e externos.
O ataque violento do inimigo e o coração trêmulo constituem uma experiência que só pode ser descrita como a de um espírito oprimido. Existem duas notas correndo lado a lado ao longo da música. A primeira é essa terrível sensação de desamparo e desesperança no que diz respeito ao homem. A outra é a aplicação determinada da alma indefesa a Jeová. Existe a maior urgência neste método.
“Eu choro com a minha voz ... Eu despejo minha reclamação ... Eu mostro diante Dele meu problema.” Toda a necessidade está reunida na tremenda declaração: “O refúgio me falhou; ninguém cuida da minha alma. ” Isso é respondido pela fé triunfante nas palavras: “Ó Jeová ... Tu és o meu refúgio”. A música termina com um grito fervoroso por libertação e uma afirmação de confiança de que o clamor será ouvido e atendido.