Eclesiastes 7:8
Comentário Bíblico do Sermão
O texto expressa o princípio geral ou doutrina de que, pela condição de nossa existência aqui, se as coisas derem certo, uma conclusão é melhor do que um começo. É com a condição de nossa existência neste mundo que este princípio é fundado. Essa condição é que tudo está passando em direção a outra coisa a fim de, e por causa de, aquele algo mais adiante, de modo que sua importância ou valor principal esteja naquele algo a ser alcançado mais adiante.
E se esse objetivo posterior for alcançado e valer a pena todo esse curso precedente de coisas, então "o fim é melhor do que o começo". Temos que considerar o ano supondo como o vivemos. E é extremamente desejável que, no sentido mais nobre, "o fim" seja "melhor do que o começo". Considere que estado do caso nos autorizaria no final do ano a pronunciar esta sentença sobre ele.
I. A sentença pode ser pronunciada se no final do ano pudermos, após deliberada reflexão conscienciosa, afirmar que o ano foi nos aspectos mais importantes melhor do que o anterior.
II. A frase será verdadeira se no decorrer do ano nos valermos efetivamente das lições sugeridas por uma revisão do ano anterior.
III. O texto será uma frase verdadeira se tivermos boas evidências de que realmente nos tornamos mais devotados a Deus.
4. É apenas colocar a mesma coisa em termos mais gerais dizer: O fim será melhor do que o começo se, a essa altura, já tivermos praticamente aprendido a viver com mais rigor e zelo para os maiores propósitos da vida.
V. Se tivermos adquirido um sentido mais eficaz do valor do tempo, a frase será verdadeira.
VI. Será, novamente, verdade se com relação a outros mortais pudermos conscienciosamente sentir que temos sido para eles mais o que os cristãos deveriam do que no ano anterior.
VII. Outro ponto de superioridade que devemos esperar que o final possa ter ao longo do início do ano é o de estarmos em melhor estado de preparação para tudo o que está por vir.
VIII. Será uma grande vantagem e um grande avanço terminar o ano, se então tivermos adquirido uma indiferença mais racional e cristã pela própria vida.
J. Foster, Palestras ; 1ª série, p. 1
Referências: Eclesiastes 7:8 . J. Hamilton, The Royal Preacher, p. 165; Spurgeon, Morning by Morning, p. 366.