Salmos 119:105
Comentário Bíblico do Sermão
As duas partes deste versículo não são duas maneiras diferentes de dizer a mesma coisa. A palavra de Deus é uma lâmpada ou lanterna para os pés à noite; é uma luz como a do sol durante o dia. Faz provisão dessa maneira para toda a vida. É o segredo do verdadeiro brilho do sol da vida; é o guia quando tudo ao redor está escuro. Agora, aqui nos encontramos com o fato de que em uma época e país como o nosso, a Bíblia está em toda parte; e ainda assim, dos milhões que o possuem e de vez em quando o lêem, quantos podem dizer a sério: "Tua palavra é uma lanterna para meus pés e uma luz para meu caminho"? Qual é a razão? A resposta deve ser que certas condições estão associadas a essa função orientadora e iluminadora da Bíblia e que, quando ela falha em guiar e iluminar, essas condições não podem ser cumpridas. É importante perguntar,
I. A primeira condição é que a Bíblia seja diligentemente pesquisada em busca dessas verdades, desses preceitos, desses exemplos, que nos guiarão diretamente ao longo da vida até nosso lar eterno.
II. Novamente, para ter sucesso na busca pela verdadeira importância da Escritura, precisamos de método, ordem, regularidade, propósito acima de tudo, propósito ao lê-la.
III. Se a Bíblia deve nos iluminar no caminho para a eternidade, certamente devemos dar as boas-vindas à orientação da Igreja de Cristo ao lê-la.
4. Para que a Bíblia faça seu trabalho, devemos ter o cuidado de agir de acordo com cada verdade que ela nos ensina à medida que a aprendemos. Enquanto o conhecimento comum, via de regra, é lembrado até que a memória se apague, o conhecimento moral e religioso logo é esquecido, se não for encenado. A razão para isso é que, em um caso, a vontade está interessada e, no outro, não está interessada. Na medida em que a vontade é exercida a fim de tornar a verdade praticamente nossa, ela se torna para nós presente e real, não apenas uma luz exterior, mas uma luz interior.
HP Liddon, Christian World Pulpit, vol. xxiv., p. 369.
O que uma lâmpada é para nós à noite ou na escuridão, a palavra de Deus é considerada para nós na jornada da vida; é uma lâmpada para os pés e uma luz para o caminho. Isso implica que a vida é como uma jornada no escuro ou uma estada em algum lugar escuro, e que é a Bíblia que deve nos fornecer a iluminação de que precisamos em tais circunstâncias.
I. Se vemos o homem em relação ao grande fim de sua existência como um agente livre, sujeito à lei e responsável pelo julgamento de Deus, ou como um ser moral, capaz de valorizar o direito e encontrar sua verdadeira felicidade e dignidade ao escolhê-lo e segui-lo, ou como uma criatura capaz de felicidade, mas exposta a muitos acidentes, pelos quais ele é severamente provado e sua paz pode ser totalmente perturbada, chegaremos igualmente à conclusão de que sem um guia como o Bíblia fornece seu caminho ao longo da vida seria realmente escuro, sem esperança, desastroso.
II. Pense na certeza dessa luz. Nele não há hesitação, nem ambigüidade, nem indefinição. É uma luz pura, uma luz querida, uma luz constante, uma luz infalível. Ele arde com um brilho que nunca enfraquece e emite um brilho do qual nada se esconde.
III. Pense em sua suficiência. Não é apenas uma luz para iluminar os olhos, não é apenas uma lâmpada para lançar seu brilho sobre nosso caminho; é também uma luz para os pés, descobrindo para todos nós até mesmo os menores traços do caminho que temos que trilhar todas as suas rugosidades, todas as suas fendas e buracos, tudo sobre ele que impediria nosso progresso ou nos faria tropeçar se não fosse observado, mas podemos evitar o que observamos.
4. E que vitalidade maravilhosa há nesta luz! Outras luzes piscaram e se apagaram; outros guias se ofereceram e foram seguidos, e os cegos os conduziram para a vala, e ambos morreram. Mas essa luz permanece tão clara, brilhante e benéfica como sempre.
W. Lindsay Alexander, Christian Thought and Work, p. 39
Referências: Salmos 119:105 . J. Keble, Sermons from Advent to Christmas Eve, p. 257; G. Brooks, Outlines of Sermons, p. 199; T. Champness, Homiletic Quarterly, vol. ii., p. 424; Sermões para meninos e meninas, p. 336.