Jó 6:2-30

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2 Oh! se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança!

3 Porque, na verdade, mais pesada seria, do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido engolidas.

4 Porque as flechas do TodoPoderoso estão em mim, cujo ardente veneno suga o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim.

5 Porventura zurrará o jumento montês junto à relva? Ou mugirá o boi junto ao seu pasto?

6 Ou comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo?

7 A minha alma recusa tocá-las, pois são para mim como comida repugnante.

8 Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero!

9 E que Deus quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e me acabasse!

10 Isto ainda seria a minha consolação, e me refrigeraria no meu tormento, não me poupando ele; porque não ocultei as palavras do Santo.

11 Qual é a minha força, para que eu espere? Ou qual é o meu fim, para que tenha ainda paciência?

12 É porventura a minha força a força da pedra? Ou é de cobre a minha carne?

13 Está em mim a minha ajuda? Ou desamparou-me a verdadeira sabedoria?

14 Ao que está aflito devia o amigo mostrar compaixão, ainda ao que deixasse o temor do Todo-Poderoso.

15 Meus irmãos aleivosamente me trataram, como um ribeiro, como a torrente dos ribeiros que passam,

16 Que estão encobertos com a geada, e neles se esconde a neve,

17 No tempo em que se derretem com o calor, se desfazem, e em se aquentando, desaparecem do seu lugar.

18 Desviam-se as veredas dos seus caminhos; sobem ao vácuo, e perecem.

19 Os caminhantes de Tema os vêem; os passageiros de Sabá esperam por eles.

20 Ficam envergonhados, por terem confiado e, chegando ali, se confundem.

21 Agora sois semelhantes a eles; vistes o terror, e temestes.

22 Acaso disse eu: Dai-me ou oferecei-me presentes de vossos bens?

23 Ou livrai-me das mãos do opressor? Ou redimi-me das mãos dos tiranos?

24 Ensinai-me, e eu me calarei; e fazei-me entender em que errei.

25 Oh! quão fortes são as palavras da boa razão! Mas que é o que censura a vossa argüição?

26 Porventura buscareis palavras para me repreenderdes, visto que as razões do desesperado são como vento?

27 Mas antes lançais sortes sobre o órfão; e cavais uma cova para o amigo.

28 Agora, pois, se sois servidos, olhai para mim; e vede se minto em vossa presença.

29 Voltai, pois, não haja iniqüidade; tornai-vos, digo, que ainda a minha justiça aparecerá nisso.

30 Há porventura iniqüidade na minha língua? Ou não poderia o meu paladar distinguir coisas iníquas?

2 "Se tão-somente pudessem pesar a minha aflição e pôr na balança a minha desgraça!

3 Veriam que o seu peso é maior que o da areia dos mares. Por isso as minhas palavras são tão impetuosas.

4 As flechas do Todo-poderoso estão cravadas em mim, e o meu espírito suga delas o veneno; os terrores de Deus estão posicionados contra mim.

5 Zurra o jumento selvagem, se tiver capim? Muge o boi, se tiver forragem?

6 Come-se sem sal uma comida insípida? E a clara do ovo, tem algum sabor?

7 Recuso-me a tocar nisso; esse tipo de comida causa-me repugnância.

8 "Se tão-somente fosse atendido o meu pedido, se Deus me concedesse o meu desejo,

9 se Deus se dispusesse a esmagar-me, a soltar a mão protetora e eliminar-me!

10 Pois eu ainda teria o consolo, minha alegria em meio à dor implacável, de não ter negado as palavras do Santo.

11 "Que esperança posso ter, se já não tenho forças? Como posso ter paciência, se não tenho futuro?

12 Acaso tenho a força da pedra? Acaso a minha carne é de bronze?

13 Haverá poder que me ajude, agora que os meus recursos se foram?

14 "Um homem desesperado deve receber a compaixão de seus amigos, muito embora ele tenha abandonado o temor do Todo-poderoso.

15 Mas os meus irmãos enganaram-me como riachos temporários, como os riachos que transbordam

16 quando o degelo os torna turvos e a neve que se derrete os faz encher,

17 mas que param de fluir no tempo da seca, e no calor desaparecem dos seus leitos.

18 As caravanas se desviam de suas rotas; sobem para lugares desertos e perecem.

19 Procuram água as caravanas de Temá, olham esperançosos os mercadores de Sabá.

20 Ficam tristes, porque estavam confiantes; lá chegaram tão-somente para sofrer decepção.

21 Pois agora vocês de nada me valeram; contemplam minha temível situação, e se enchem de medo.

22 Alguma vez lhes pedi que me dessem alguma coisa? Ou que da sua riqueza pagassem resgate por mim?

23 Ou que me livrassem das mãos do inimigo? Ou que me libertassem das garras de quem me oprime?

24 "Ensinem-me, e eu me calarei; mostrem-me onde errei.

25 Como doem as palavras verdadeiras! Mas o que provam os argumentos de vocês?

26 Vocês pretendem corrigir o que digo e tratar como vento as palavras de um homem desesperado?

27 Vocês seriam capazes de pôr em sorteio o órfão e de vender um amigo por uma bagatela!

28 "Mas agora, tenham a bondade de olhar para mim. Será que eu mentiria na frente de vocês?

29 Reconsiderem a questão, não sejam injutos; tornem a analisá-la, pois a minha integridade está em jogo.

30 Há alguma iniqüidade em meus lábios? Será que a minha boca não consegue discernir a maldade?

Biblia Sagrada, Nova Versão Internacional®, NVI®
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2 “Ah, se pudessem pesar a minha tribulação e depositar na balança junto à minha calamidade!

3 Na verdade, o resultado total seria mais pesado do que a areia dos mares! Por esse motivo as minhas palavras são tão veementes,

4 porquanto as flechas de Shaddai, o Todo-Poderoso, se cravaram em mim, e o meu espírito suga o veneno que elas contêm; os terrores de Deus me assediam.

5 Porventura, zurra o asno montês quando tem erva para alimentar-se? Ou muge o boi se tiver forragem?

6 É possível comer sem tempero o que é insípido? Há sabor na clara do ovo sem sal?

7 Recuso-me a tocar nisso; esse tipo de comida sem sabor me causa repugnância.

8 Quem me dera que o meu pedido fosse atendido, e Deus me desse o que anseio,

9 se Deus se dispusesse a esmagar-me; ora, que ele soltasse a mão e me aniquilasse de uma vez!

10 Isto ainda me traria alguma consolação, eu buscaria alegria em meio à dor implacável, de jamais ter ido contra as palavras do Santíssimo Yahweh.

11 Que esperanças por manter, se já não tenho mais forças? Não consigo ver o meu futuro, como agir com paciência?

12 Porventura tenho eu a força das rochas? Acaso a minha carne é de bronze?

13 Haverá poder que venha em meu socorro, agora que todos os meus recursos se esvaíram?

14 Um ser humano desesperado deve ser alvo da atenção e da solidariedade de seus amigos, ainda que ele tenha se afastado do temor do Todo-Poderoso!

15 No entanto, os meus irmãos me iludiram como ribeiros passageiros, como riachos que transbordam

16 quando o degelo os torna turvos, arrastando consigo a neve que os faz encher,

17 mas que cessam de fluir no tempo da seca, e no calor desaparecem dos seus próprios leitos.

18 As caravanas se desviam de suas rotas; sobem para lugares desertos e vão de encontro à morte.

19 Buscam água as caravanas de Temá, contemplam com esperança os mercadores de Shevá, Sabá.

20 Sentem-se envergonhados por terem depositado confiança e, ao chegar ali, se deparam com a frustração.

21 Para mim haveis vos tornado assim: quanto mais me vedes assustado e com medo, tanto mais ficais apavorados.

22 Porventura já vos pedi: ‘Dai-me algo de bom para animar-me’? ‘Fazei-me uma oferta de vossos bens’?

23 Ou ainda: ‘Livrai-me das mãos do adversário’? ‘Resgatai-me das garras de quem me oprime’?

24 Ministrai-me, dai-me o saber, e eu me calarei; mostrai-me onde cometi erro ou pecado!

25 Como são poderosas as palavras justas e orientadoras! Mas o que quereis demonstrar com vosso argumento?

26 Por acaso vós pretendeis reprovar o meu desabafo e tratar como vento as palavras de um homem desesperado?

27 Seríeis capazes de sortear um órfão ou desamparado, e de tirar proveito de um amigo fragilizado, vendendo-o por uma bagatela?

28 Agora, pois, olhai nos meus olhos, pois certamente não mentirei diante das vossas faces.

29 Mudai de entendimento sobre mim, rogo-vos, não sejais injustos; sim, mudai, porquanto nada devo e meu pleito é justo!

30 Há maldade no meu falar? Será que a minha boca perdeu a capacidade de identificar boas e más palavras?”

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