1-10 Neste capítulo, há uma indicação clara da misericórdia que Deus tem reservado a Israel nos últimos dias. Esta passagem refere-se às advertências proféticas dos dois últimos capítulos, que foram cumpridas principalmente na destruição de Jerusalém pelos romanos e em sua dispersão até os dias atuais; e não há dúvida de que a promessa profética contida nesses versículos ainda está por acontecer. A nação judaica, em algum período futuro, talvez não muito distante, será convertida à fé de Cristo; e, muitos pensam, novamente se estabeleceram na terra de Canaã. A linguagem aqui usada é, em grande parte, promessas absolutas; não apenas um compromisso condicional, mas declarando que um evento certamente ocorrerá. Pois o próprio Senhor aqui se empenha em "circuncidar seus corações"; e quando a graça regeneradora remove a natureza corrupta e o amor divino suplanta o amor ao pecado, eles certamente refletirão, se arrependerão, voltarão a Deus e lhe obedecerão; e ele se alegrará em fazê-los bem. A mudança que será exercida sobre eles não será apenas externa, ou consistirá em meras opiniões; alcançará suas almas. Produzirá neles um ódio total de todo pecado, e um fervoroso amor a Deus, como Deus reconciliado em Cristo Jesus; eles o amarão com todo o coração e com toda a alma. Eles estão muito distantes desse estado de espírito atualmente, mas também os assassinos do Senhor Jesus, no dia de Pentecostes; que ainda em uma hora se converteram a Deus. Assim será no dia do poder de Deus; uma nação nascerá em um dia; o Senhor apressará isso em seu tempo. Como promessa condicional, essa passagem pertence a todas as pessoas e todos os povos, não apenas a Israel; assegura-nos que os maiores pecadores, se se arrependerem e se converterem, terão seus pecados perdoados e serão restaurados ao favor de Deus.