Filipenses 3:10-11

Bíblia de Estudo Diário Barclay (NT)

Meu objetivo é conhecê-lo, e com isso quero dizer, conhecer o poder de sua ressurreição e a comunhão de seus sofrimentos, enquanto continuo a ser feito como ele em sua morte, se por acaso eu puder alcançar a ressurreição. dos mortos.

Paulo já falou do valor inexcedível do conhecimento de Cristo. A esse pensamento ele agora retorna e define mais de perto o que ele quer dizer. É importante notar o verbo que ele usa para saber. Faz parte do verbo ginoskein ( G1097 ), que quase sempre indica conhecimento pessoal. Não é simplesmente conhecimento intelectual, o conhecimento de certos fatos ou mesmo princípios.

É a experiência pessoal de outra pessoa. Podemos ver a profundidade dessa palavra a partir de um fato do uso do Antigo Testamento. O Antigo Testamento costuma saber de relações sexuais. "Adão conheceu Eva, sua mulher; e ela concebeu e deu à luz Caim" ( Gênesis 4:1 ). Em hebraico o verbo é yada' ( H3045 ) e em grego é traduzido por ginoskein ( G1097 ). Este verbo indica o conhecimento mais íntimo de outra pessoa. Não é o objetivo de Paulo saber sobre Cristo, mas conhecê-lo pessoalmente. Conhecer a Cristo significa para ele certas coisas.

(i) Significa conhecer o poder de sua Ressurreição. Para Paulo, a Ressurreição não era simplesmente um evento passado na história, por mais incrível que fosse. Não foi simplesmente algo que aconteceu com Jesus, por mais importante que fosse para ele. Era um poder dinâmico que operava na vida do cristão individual. Não podemos saber tudo o que Paulo quis dizer com esta frase; mas a Ressurreição de Cristo é a grande dinâmica em pelo menos três direções diferentes.

(a) É a garantia da importância desta vida e deste corpo em que vivemos. Foi no corpo que Cristo ressuscitou e é este corpo que ele santifica ( 1 Coríntios 6:13 e segs.).

(b) É a garantia da vida futura ( Romanos 8:11 ; 1 Coríntios 15:14 e segs.). Porque ele vive, nós também viveremos; sua vitória é a nossa vitória.

(c) É a garantia de que na vida e na morte e além da morte a presença do Ressuscitado está sempre conosco. É a prova de que sua promessa de estar sempre conosco até o fim do mundo é verdadeira.

A Ressurreição de Cristo é a garantia de que esta vida vale a pena ser vivida e que o corpo físico é sagrado; é a garantia de que a morte não é o fim da vida e que existe um mundo além; é a garantia de que nada na vida ou na morte pode nos separar dele.

(ii) Significa conhecer a comunhão de seus sofrimentos. Repetidas vezes Paulo volta ao pensamento de que quando o cristão tem que sofrer, ele está de alguma forma estranha compartilhando o próprio sofrimento de Cristo e até preenchendo esse sofrimento ( 2 Coríntios 1:5 ; 2 Coríntios 4:10-11 ; Gálatas 6:17 ; Colossenses 1:24 ). Sofrer pela fé não é um castigo, é um privilégio, pois assim participamos da própria obra de Cristo.

(iii) Significa estar tão unido a Cristo que, dia a dia, passamos a participar mais de sua morte, para que finalmente participemos de sua ressurreição. Conhecer a Cristo significa que compartilhamos o caminho que ele percorreu; nós compartilhamos a Cruz que ele carregou; nós compartilhamos a morte que ele morreu; e, finalmente, compartilhamos a vida que ele vive para sempre.

Conhecer a Cristo não é ser hábil em nenhum conhecimento teórico ou teológico; é conhecê-lo com tal intimidade que no final estejamos tão unidos a ele como estamos com aqueles que amamos na terra e que, ao compartilharmos suas experiências, compartilhamos também as dele.

PRESSIONANDO (Filipenses 3:12-16)

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