Jeremias 23:6
6 Em seus dias Judá será salva, Israel viverá em segurança, e este é o nome pelo qual será chamado: O Senhor é a Nossa Justiça.
'JEHOVAH-TSIDKENU'
'O Senhor Justiça Nossa.'
I. Podemos ver o texto simplesmente como um anúncio de uma verdade importante. —Está lá na página sagrada como uma declaração oracular profunda do santuário oculto da verdade, dada para nossa iluminação e benefício eterno. (1) O Senhor é nossa justiça, visto que o propósito e plano de justificar os pecadores se originou com ele. (2) O Senhor é a nossa justiça, visto que somente Ele mesmo adquiriu justiça para nós. (3) O Senhor é nossa justiça, visto que é por Sua graça e por Sua doação gratuita que recebemos a justiça.
II. Essas palavras podem ser consideradas como a expressão de uma crença e confiança pessoal. —Aqui apresentamos em nossas mentes a visão de um corpo de pessoas que confessam e proclamam que o Senhor é sua justiça; e que conhecem, reverenciam e confiam em Deus assim apreendido. Eles não têm confiança na carne, sua confiança está somente em Deus. Eles não procuram obras de caridade, ou abnegação ou penitência, para serem aceitos por Deus; eles pedem apenas para serem aceitos no Amado.
Eles sabem em quem creram e, portanto, não hesitam em se levantar e confessar ao mundo que toda a sua confiança e esperança estão naquele nome digno, O Senhor nossa Justiça. Em seus lábios, esta é a linguagem (1) da fé; (2) de esperança; (3) de alegria e gratidão.
III. Podemos considerar o texto como um diretório para o inquiridor. - Os pecadores devem estar ansiosos para saber como serão aceitos por Deus. Conscientes da culpa, eles sentem a necessidade de uma justiça justificadora para que possam ficar sem culpa perante o Governador moral do universo. Com eles, portanto, a questão principal e mais urgente é: Como posso eu, um pecador, ser justo diante de Deus? A estes as palavras do meu texto dão uma resposta breve, mas muito satisfatória.
Eles são uma proclamação do próprio Deus, que Nele está a salvação do pecador encontrada. Eles direcionam o inquiridor para longe de si mesmo, para longe de toda ajuda da criatura, para longe de todos os métodos de propiciação pessoal ou sacerdotal, e levam seus pensamentos a Deus - a Deus em Cristo, como o único autor e outorgador de justiça. O Senhor é a nossa justiça, e somente ele. Sua voz aos perdidos e culpados filhos dos homens é: 'Olhai para Mim e sede salvos, todos os confins da terra, porque Eu sou Deus e não há outro.'
(SEGUNDO ESBOÇO)
O NOME PROFÉTICO DE CRISTO
Este é o nome que deveria ser dado ao 'Renovo Justo' que seria gerado a Davi nos dias por vir. Essas palavras são, portanto, um monumento permanente de uma esperança voltada para o futuro. O ponto principal que temos que entender com firmeza, e de forma alguma deixar ir, é que aqui, se em algum lugar, há uma profecia dos tempos do Messias, que se sabe ter sido dada antes do cativeiro, e foi inegavelmente não se cumpriu por muitos séculos a seguir.
A profecia foi dada nos últimos dias da monarquia judaica. É totalmente impossível que isso pudesse ter sido cumprido em Zedequias. Mas como ele era o último rei, não havia ninguém a quem isso pudesse ser aplicado até que Ele viesse, que morreu com a inscrição sobre a cabeça: 'Este é Jesus de Nazaré, o Rei dos Judeus', mostrando-se assim como em uma vez o Rei eterno e o Sacerdote imutável.
Acreditando, então, como o fazemos com mais firmeza, que este é o nome profético de Cristo, e somente de Cristo, o que ele pretende nos ensinar?
I. Que o Filho de Davi e Rei de Israel é a fonte de nossa justiça, a exibição e apresentação dela diante de nossas consciências e ao pai. —Cristo é para nós a realização da justiça. Já não é uma concepção inatingível ou uma ideia abstrata, mas n'Ele torna-se um fato concreto, sobre o qual podemos nos agarrar, e uma coisa que podemos nos apropriar e possuir.
Ele se torna primeiro 'justiça' e depois ' nossa justiça'. Como São Paulo diz Dele, Ele 'foi feito para nós por Deus, sabedoria e justiça, e santificação e redenção'.
II. Se este é o reverso ou a apresentação positiva da verdade, também tem seu reverso ou lado negativo. —Se o nome pelo qual Cristo é chamado de 'o Senhor nossa Justiça', esse fato é destrutivo de todas as outras esperanças, perspectivas ou fontes de justiça. Veja, então, a sustentação desta verdade: eu sou um pecador. 'Em mim, isto é, na minha carne, nada de bom habita.' Se, então, devo ser justo, não pode ser por me tornar justo, porque nesse caso minha impecabilidade seria minha justiça, uma declaração que é diretamente oposta à verdade implícita no nome, 'o Senhor nossa Justiça'.
E, no entanto, esta é uma verdade da qual a vasta maioria dos homens, mesmo os religiosos, é profundamente ignorante. Eles não entendem que, como a origem da justiça deve ser somente Cristo, também a base da esperança da justiça não deve estar em si mesmos, em seu caráter ou em sua conduta, mas simplesmente e unicamente nAquele que é Ele mesmo a Justiça para que anseiam ansiosamente, mas da qual têm fome e sede infrutíferas. Contemple Nele a sua justiça. Desvie o olhar de si mesmo e para Ele, e sejam justos.
É no mais alto grau adequado e apropriado que as palavras veneráveis e enfáticas permaneçam como o fazem de forma proeminente nos serviços do último domingo do ano cristão. Para-
III. Eles têm uma mensagem dupla. Eles olham antes e depois. - (1) Eles dizem respeito ao passado, com sua terrível mancha e mancha, seu ouro, mas oportunidades perdidas e perdidas, seus erros irreparáveis, suas promessas não cumpridas e irrecuperáveis, seu pecado e tristeza, suas lutas e seus fracassos. E olhando para eles, as palavras surgem diante de nós como o próprio Sol da Justiça com cura em Suas asas.
Eles nos lembram que 'onde abundou o pecado, superabundou a graça'. Saber que 'o Senhor é a nossa justiça' é saber aquilo que só pode nos capacitar a contemplar o passado com equanimidade e serenidade, aquilo que sozinho pode tirar o aguilhão do pecado e roubar até mesmo a lei quebrada de seu terror.
(2) Mas temos que enfrentar o futuro, bem como olhar para o passado. E nesse futuro não sabemos o que pode se esconder. Mas se o Senhor é nossa justiça, e se Aquele que é nossa justiça é o Senhor, o próprio Deus eterno, então, aconteça o que acontecer, devemos estar seguros com ele. Se formos justos como Ele é justo, então podemos saber que, como Ele é, assim somos nós neste mundo e, portanto, podemos ter confiança na hora da morte e no dia do julgamento, porque temos a certeza de que ' nem morte nem vida 'etc. ( Romanos 8:38 ).
Professor Stanley Leathes.
Ilustração
'Eu preciso de Cristo como o Senhor minha Justiça.
Isso significa que Ele deve obedecer, sofrer e morrer por mim. Em vez de que eu pereça, Ele deve oferecer em meu quarto o estranho e caro sacrifício de Si mesmo. Ele deve me tornar aceitável e justo aos olhos de meu Juiz e de meu pai.
Esta salvação, tão maravilhosamente adquirida e assegurada, é a única que me satisfaz, uma vez que a minha consciência está totalmente desperta. Quando fui ensinado por Deus Espírito sobre o que mereço e o que sou, não posso me contentar com nada mais do que fazer e morrer Jesus em meu lugar. Eu clamo por tal propiciação como Ele apresentou. Eu me apego à Cruz do Cordeiro de Deus. Não posso passar sem meu Salvador ferido e prevalecente. Ele se torna toda a minha esperança e glória.
Eu creio e sei que Deus o fez pecar para que eu pudesse Nele ser justo? '