Apocalipse 10:1-11
Série de livros didáticos de estudo bíblico da College Press
Strauss-' Comentários
SEÇÃO 32
Texto Apocalipse 10:1-11
E vi outro anjo forte descendo do céu, vestido com uma nuvem; e o arco-íris estava sobre sua cabeça, e seu rosto era como o sol, e seus pés como colunas de fogo; 2 e tinha na mão um livrinho aberto; e pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra; 3 e clamou com grande voz, como ruge o leão; e quando clamou, os sete trovões fizeram soar as suas vozes.
4 E, quando os sete trovões fizeram soar as suas vozes, eu ia escrever; mas ouvi uma voz do céu, dizendo: Sela as coisas que os sete trovões proferiram, e não as escrevas. 5 E o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu, 6 e jurou por aquele que vive para todo o sempre, que criou o céu e as coisas que nele há, e a terra e as coisas que nele há, e o mar e as coisas que nele há, para que não haja mais demora; 7 mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando estiver para soar a trombeta, então se consumará Deus, segundo as boas novas que anunciou aos seus servos, os profetas.
8 E a voz que ouvi do céu, ouvi-a falar novamente comigo, dizendo: Vai, toma o livro que está aberto na mão do anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra. 9 E fui ao anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. E disse-me: Toma-o e come-o; e isso fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como o mel.
10 E tomei o livrinho da mão do anjo e comi; e na minha boca era doce como mel; e quando o comi, meu ventre ficou amargo. 11 E eles me disseram: Importa que profetizes outra vez sobre muitos povos, nações, línguas e reis.
Questões Iniciais Apocalipse 10:1-11
1.
Enquanto João se preparava para escrever, o que ele foi ordenado a fazer?
2.
Quando terminará o mistério de Deus?
3.
O que significa o termo mistério no Novo Testamento?
4.
Os profetas de Apocalipse 10:7 eram profetas do Antigo ou do Novo Testamento?
5.
O que significa a ordem para profetizar em Apocalipse 10:11 ? Significa pregar ou prever o futuro, ou ambos?
Preparação para o Sétimo Toque de Trombeta:
A Visão do Anjo com o Livreto Aberto
Capítulo Apocalipse 10:1-11
O segundo e terceiro ais (ai final) ainda estão por vir! Será tão terrível que outro anjo aparecerá para anunciá-lo! Este anjo é o representante de Cristo e de Deus, o pai. Tenha em mente o infortúnio anterior e seu tormento e morte. Estes não levaram o homem pecador ao arrependimento! Aqui notamos a primeira das visões intermediárias antes do toque da sétima trombeta. Como a devastação vindoura afetará o homem e seu relacionamento espiritual com o Cordeiro de Deus?
O simbolismo se apóia fortemente no de Daniel 12:7 , embora tenha sido modificado por João.
Devemos lembrar que a abertura do sétimo selo foi precedida por duas visões (ver cap. 7). Aqui o som da sétima trombeta (cap. Apocalipse 11:15 ) é precedido por uma nova série de visões (cap. Apocalipse 10:1 a Apocalipse 11:14 ).
João afirma que outro anjo. tendo sido vestido com uma nuvem. O símbolo da nuvem é o veículo para os seres celestiais de Deus descendo e subindo (ver Sofonias 1:15 ; Daniel 7 ; Salmos 103, 104; Apocalipse 1:7 ; Apocalipse 11:2 ; Apocalipse 14:14 f, e neste versículo ) o arco-íris em sua cabeça - (ver cap.
Apocalipse 4:3 ) provavelmente representa a fidelidade de Deus para com Seu povo. Deus disse ao homem em Gênesis que o arco-íris seria um sinal de que Ele nunca mais destruiria o homem pela água. O rosto do poderoso anjo era tão brilhante quanto o sol e seus pés como colunas de fogo. Embora esta descrição se assemelhe à descrição de Cristo no cap.
Apocalipse 1:15 , não podemos dizer que o anjo forte é Cristo; porque Cristo nunca é chamado de anjo na Bíblia.
O forte anjo trazia na mão um pequeno pergaminho aberto. O rolo mencionado no cap. O número 5 estava na ( epi) mão direita do anjo forte porque era muito grande para ser escondido na ( en) mão. Em contraste, aqui notamos o pequeno pergaminho ( biblaridion - forma diminativa). Swete provavelmente está correto em sua afirmação de que este diminutivo mostra que a revelação do anjo é apenas um fragmento da revelação total. E colocou o pé direito no mar e o esquerdo na terra.
O anjo gigante gritou em alta voz e os sete trovões falaram suas vozes. A mensagem do Anjo dizia respeito a todo o universo. (Ver Salmo 29:20.) Em João 12:29 , a voz do céu é identificada pela multidão como um trovão. Não pode haver identificação dogmática dos sete trovões, mas muitas vezes é o símbolo da voz do céu que não é compreendida pelos ouvintes humanos.
Quando as vozes dos sete trovões proferiram suas mensagens, João ouviu uma voz vinda do céu dizendo: Você sela ( sphragison - 1º aor. imperativo - sela com um único ato - imediatamente) as coisas que os sete trovões falaram e não escreveram ( grapsçs - 1º aor. subjuntivo - significa literalmente com a negação mç - você não pode escrever). Parte da revelação de João não foi disponibilizada para nós. Ele foi proibido de escrevê-lo.
O anjo gigante levanta a mão para o céu (ver Gênesis 14:22 ; Daniel 12:7 ) e jura por Deus que não haverá mais demora.
O anjo jurou por ( ômosen en - jurou é uma expressão hebraica.) aquele que vive pelos séculos dos séculos, que criou o céu e as coisas nele, e as coisas na terra, e as coisas no mar, esse atraso ( cronos - significa literalmente tempo , mas também atraso) não será mais. João não está afirmando que não haverá mais tempo, mas que não haverá mais demora no toque da sétima trombeta - (soa Apocalipse 11:15 ).
(Veja Apocalipse 6:10 - o choro quanto tempo?) Verifique a tradução de Alexander Campbell - The Golden Oracles em Apocalipse 1:11 ; Apocalipse 10:6 ; Apocalipse 12:2 ; Apocalipse 12:13 ; veja também CK Thomas, Alexander Campbell and His New Version, The Bethany Press, 1950, pp. 30, 31, 39 e 40.
Mas nos dias da voz do sétimo anjo, sempre que ele está prestes a trombeta, até mesmo foi concluído ( etelesthç - 1º aor. passivo) o mistério de Deus enquanto ele pregava aos seus servos os profetas. O mistério torna-se parcialmente revelado agora. A Bíblia sempre emprega verbos de revelação com o termo mustçrion. (Veja a nota sobre este termo imediatamente após este capítulo - observe também Amós 3:7 ; Jeremias 7:25 ; Jeremias 25:4 ).
João foi ordenado a pegar ( labe - 2º aor. imperativo - pegar, imediatamente) o pergaminho do anjo gigante apresentado no versículo um.
O anjo ordenou que João o pegasse e o devorasse, e isso amargaria seu estômago, mas em sua boca seria doce como mel. Este simbolismo vem diretamente de Ezequiel 3:1-3 ; Jeremias 15:16 f. A palavra de Deus é amarga e doce. A doçura da palavra é por causa da misericórdia de Deus, a amargura é por causa de Seu julgamento. A palavra de Deus sempre revela o fio de prumo do julgamento e o chifre da misericórdia.
João obedeceu à ordem do anjo e, como foi o caso dos profetas de Deus do VT, Ezequiel e Jeremias, também na experiência de João a palavra foi tanto amarga quanto doce.
O Vidente de Deus, em Patmos, foi informado de que ele deveria ( dei - expressa necessidade absoluta. Ele não tinha escolha a não ser profetizar) profetizar ( propheteusai - significa tanto falar quanto proferir profecia predicativa de precisão) novamente ( palin - significa o fato da repetição - faça de novo - como antes) diante de muitos povos ( laois - esta é uma das quatro palavras usadas no N.
T. e traduzido - pessoas. Significa um povo de unidade política) e nações ( ethnesin - significa pessoas em geral) e línguas ( glossais - línguas - pessoas que falam línguas diferentes) e reis.
Questões de Revisão - Capítulo 10
1.
Os dois infortúnios anteriores fizeram com que o homem pecador se arrependesse - Apocalipse 10:1 ?
2.
Leia Daniel 12:7 e discuta a passagem à luz do uso do simbolismo por João - Apocalipse 10:1 ?
3.
Como o capítulo 10 se parece com o capítulo 7?
4.
O que o arco-íris simboliza no AT? O simbolismo também cabe aqui?
5.
O que significa a forma diminutiva - -pequeno pergaminho,-' em Apocalipse 10:2 ?
6.
A que não se refere mais a frase demora - Apocalipse 10:6 ?
7.
Leia o apêndice sobre mistério e discuta seu uso em Apocalipse 10:7 .
8.
De que maneira a palavra de Deus é amarga e doce - Apocalipse 10:9 ?
Nota: Mistério ( Mustçrion )
Para a ênfase contemporânea no mistério no pensamento cristão, veja Michael B. Foster, Mystery and Philosophy, SCM Press LTD, 56 Bloomsbury Street, London, WC1.
O brilhante filósofo católico romano Gabriel Marcel utiliza a distinção entre problema, que pode ser resolvido, e mistério, que não pode ser resolvido pela razão humana. Ver Kenneth T. Gallagher, The Philosophy of Gabriel Marcel, Fordham University Press, New York, and Troisfontaines-', De L-'Êxistence a L-'Être, Tome I et II, Secretariat des Publications, 59, Rue Brufelles, Namur , 1953. A questão do mistério em relação à razão humana recebe toda a atenção neste brilhante trabalho interpretativo da filosofia de Gabriel Marcel.
Observe também o lugar do mistério na teologia católica oriental e ocidental.
O que o Novo Testamento diz sobre mustçrion?
A palavra mistério (latim mysterium) é encontrada apenas uma vez nos Evangelhos Sinópticos ( Mateus 13:11 ; Marcos 4:11 ; Lucas 8:10 ). Além desse único uso nos registros do Evangelho, a palavra aparece apenas em Paulo e no Apocalipse.
É usado em dois sentidos - (1) a revelação cristã total; (2) e de doutrinas cristãs específicas. É usado no sentido número um em 1 Coríntios 2:1 ; Romanos 16:25 ; Colossenses 1:26 ; Colossenses 2:2 ; Colossenses 4:3 ; Efésios 1:9 ; Efésios 6:19 ; 1 Timóteo 3:9 ; 1 Timóteo 3:16 ; Apocalipse 10:7 .
É usado no sentido número dois em 2 Tessalonicenses 2:7 ; 1 Coríntios 4:1 ; 1 Coríntios 13:2 ; 1 Coríntios 14:2 ; 1 Coríntios 15:51 ; Romanos 11:25 ; Efésios 5:32 ; Mateus 13:11 ; Apocalipse 1:20 ; Apocalipse 17:5 ; Apocalipse 17:7 . Veja a breve nota em BT Westcott, St. Paul's Letter to the Ephesians, Eerdmans, Grand Rapids, Michigan, pp. 180.
João fala de toda a revelação cristã ( Apocalipse 10:7 ) quando declara e acaba o mistério ( mustçrion) de Deus, conforme pregava aos seus servos os profetas. João usa o termo no sentido de uma doutrina cristã particular em ( Apocalipse 1:20 ) ao dizer O mistério ( mustçrion) das sete estrelas.
Em seguida, o significado do mistério é revelado na última seção do versículo 20. O grande mistério Babilônia ( Apocalipse 17:5 ); e o versículo sete identifica o mistério - contarei a você o mistério da mulher e da besta. Os mistérios bíblicos são sempre esclarecidos pela revelação especial de seu significado.
Uma série de sermões sobre os grandes mistérios bíblicos poderia esclarecer esse ensinamento bíblico específico.
Sugestões de Sermão
O Mistério do Reino ( Mateus 13:10 e seguintes)
O mistério que foi guardado em silêncio ( Romanos 16:25 )
O Mistério Revelado de Sua Vontade ( Efésios 1:9 )
O Mistério do Evangelho ( Efésios 6:19 )
O Mistério da Divindade ( 1 Timóteo 3:16 )
Um Esboço de Sermão
O Mistério da Iniquidade
2 Tessalonicenses 2:7 - Pois o mistério da iniquidade já opera: só há uma restrição agora até que do meio ( ek mesou ) ela venha. (Uma tradução literal.)
Introdução:
O problema do mal é a maior pedra de tropeço que impede muitos de aceitar a visão cristã de Deus em Cristo e da salvação por meio de Seu sangue.
EU.
Paulo afirma implicitamente que o mal seria pior se não fosse por aquele que o restringe.
II.
Todos os esforços humanos para lidar com esse mistério são destruídos pela expressão inegável do mal em nosso mundo. Nossa condição é desesperadora?
III.
Nossa esperança de vitória final sobre o mistério da ilegalidade está fundamentada no portador do mistério da Divindade.
Conclusão:
O que a causa de Cristo pode fazer para conter a maré desse mistério maligno? A ilegalidade será finalmente destruída, quando nosso Senhor e salvador voltar, e a corte do céu reunir todos os homens diante do trono para prestar contas ao Deus vivo. (Observe a cena do grande julgamento em Apocalipse. )
Comentários de Tomlinson
CAPÍTULO X
O ANJO PODEROSO E O LIVRO PEQUENO
Texto ( Apocalipse 10:1-11 )
1 E vi outro anjo forte descendo do céu, vestido com uma nuvem; e o arco-íris estava sobre sua cabeça, e seu rosto era como o sol, e seus pés como colunas de fogo; 2 e tinha na mão um livrinho aberto; e pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra; 3 e clamou com grande voz, como ruge o leão; e quando clamou, os sete trovões fizeram soar as suas vozes.
4 E, quando os sete trovões fizeram soar as suas vozes, eu ia escrever; mas ouvi uma voz do céu, dizendo: Sela as coisas que os sete trovões proferiram, e não as escrevas. 5 E o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu, 6 e jurou por aquele que vive para todo o sempre, que criou o céu e as coisas que nele há, e a terra e as coisas que nele há, e o mar e as coisas que nele há, para que não haja mais demora; 7 mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando estiver para soar a trombeta, então se consumará Deus, segundo as boas novas que anunciou aos seus servos, os profetas.
8 E a voz que eu tinha ouvido do céu, eu a ouvi novamente falando comigo, e dizendo: Vai, toma o livro que está aberto na mão do anjo que paira sobre o mar e sobre a terra. 9 E fui ao anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. E disse-me: Toma-o e come-o; e isso fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como o mel.
10 E tomei o livrinho da mão do anjo e comi; e na minha boca era doce como mel; e quando o comi, meu ventre ficou amargo. 11 E eles me disseram: Importa que profetizes outra vez sobre muitos povos, nações, línguas e reis.
Como um interlúdio ou parêntese foi introduzido entre o sexto e o sétimo selos, aqui entre a sexta e a sétima trombeta chegamos ao segundo parêntese. Ambas as interrupções foram planejadas para trazer conforto e bênção ao povo de Deus.
Entre a sexta trombeta, ou segundo ai, e a sétima trombeta, ou terceiro ai, é dada uma visão entre parênteses do poderoso anjo com o pequeno livro.
Essa visão, porém, difere da mensagem de conforto encontrada entre o sexto e o sétimo selos. Essa visão enfatizou a segurança dos santos perseguidos por Deus. Esta visão descreve uma mistura do doce e do amargo.
Esta visão pertence ao período da sexta trombeta como evidenciado por dois fatos:
1.
Primeiro, o fim do sexto período é claramente declarado em ( Apocalipse 11:14 )
O segundo ai já passou; eis que o terceiro ai vem depressa.
2.
Em segundo lugar, o poderoso anjo desta visão diz: Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele começará a soar. Isso indica claramente que o tempo da sondagem para o sétimo anjo ainda será futuro.
Esses dois fatos deixam claro que essa visão entre parênteses pertence ao tempo da sexta trombeta. Achamos que é de extrema importância que tomemos conhecimento deste fato.
As cenas da primeira e segunda trombetas do ai tinham a ver com a terra (ou Império Romano) em geral; e ao contemplar as invasões sarracenas e turcomanas, surge naturalmente a pergunta: Como foi, nos períodos da quinta e sexta trombeta com os santos de Deus? Como a ação nos acontecimentos do Império Romano foi interrompida entre o sexto e o sétimo selos para que pudéssemos ver o estado do povo de Deus naquele dia, aqui novamente vem uma interrupção pelo mesmo motivo.
Correspondências desse tipo dão testemunho do plano metódico divino que se manifesta ao longo deste livro maravilhoso.
Quanto ao tempo ou ponto de início desta visão do pequeno livro do décimo capítulo, descobrimos que os eventos do capítulo anterior culminaram com o saque de Constantinopla em 1453 DC e a eventual derrubada do Império Romano do Oriente. Portanto, os símbolos dos capítulos décimo e décimo primeiro devem ser logicamente subseqüentes ou seguir essa data.
Apocalipse 10:1-2 E vi outro anjo poderoso descer do céu, vestido com uma nuvem, e um arco-íris estava sobre sua cabeça, e seu rosto era como o sol, e seus pés como colunas de fogo.
A primeira coisa que notamos aqui é que este anjo não é um dos anjos das sete trombetas, mas outro anjo forte.
Tampouco seria este o Cristo, como alguns têm ensinado. Ele continua sendo o Cordeiro de Deus que foi morto, como o encontramos na visão dos capítulos quatro e cinco, à direita de Deus, que está sentado no trono. Nessa visão, João viu um forte anjo proclamando em alta voz: Quem é digno de abrir o livro e desatar os seus selos? ( Apocalipse 5:2 )
Na visão aqui no décimo capítulo, João vê um anjo forte descer do céu ( Apocalipse 10:1 ), que também gritou em alta voz, como quando um leão ruge. ( Apocalipse 10:3 ) Embora a visão do quarto capítulo não descreva este anjo forte ou poderoso, como fez a visão do décimo capítulo, ainda assim todas as evidências das circunstâncias apontam para o fato de que eles são um e o mesmo anjo. A palavra outro refere-se a outro anjo que não seja o anjo da sétima trombeta.
Na primeira visão este anjo forte aparece na abertura do livro sete selado, no último o anjo forte reaparece na entrega do Pequeno Livro Aberto. O primeiro pergaminho deveria ser aberto por Cristo, o Cordeiro imolado, o último livrinho já estava aberto e deveria ser comido e digerido por João. Portanto, comparamos aqui o pequeno livro aberto com o livro relativamente grande (completamente selado, sete selados, número de completude) do capítulo cinco.
A descrição deste poderoso anjo é tão semelhante à do Filho do Homem no primeiro capítulo, que parece significar ou simbolizar algum grande movimento no qual Cristo é a causa motriz. Implica que toda a ação dessa visão entre parênteses é animada pelo espírito de Cristo.
O arco-íris sobre Sua cabeça fala da proteção da aliança e da promessa concedida àqueles que fazem parte desse movimento.
Estar vestido com uma nuvem e descer do céu indica uma missão de caráter divino ou celestial, vindo à terra ou ao Império Romano. Seu rosto como se fosse o sol significa trazer a luz do evangelho de Cristo novamente à terra. Isso nos lembra a declaração de Paulo:
Mas se nosso evangelho está oculto, está oculto para os que estão perdidos. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do glorioso evangelho de Cristo, que é a imagem de Deus. ( 2 Coríntios 4:4 )
A menção de seus pés como colunas de fogo é significativa. Os pés carregam o mensageiro de Deus enquanto ele espalha o evangelho sobre a terra. Novamente citamos Paulo:
Quão belos são os pés daqueles que pregam o evangelho da paz e trazem boas novas! ( Romanos 10:15 )
Lembrando que esta visão corresponde ao tempo em que o mundo religiosa e intelectualmente estava saindo da Idade das Trevas e entrando no tempo da Renascença aquele movimento de transição na Europa entre os séculos XIV e XV, o brilho do rosto e dos pés indica uma propagação de luz e inteligência por toda a terra.
O fato de ele ter em mãos um livrinho direciona nitidamente nossa atenção para a fonte desse despertar, especialmente espiritualmente.
Lembrando que nos versículos finais do período do segundo ai ( Apocalipse 9:20-21 ) temos a descrição da grande apostolado católico romano, em que a adoração de santos, ídolos de ouro, prata, latão e pedra, assassinatos, feitiçarias , fornicação e roubos são delineados, seria natural e lógico que este movimento descrito no décimo e décimo primeiro capítulos tenha a ver com a destruição desta apostolado pela instrumentalidade de um pequeno livro.
Um Estudo de História
Vamos fazer uma breve viagem pela história? Houve um movimento nessa época nos anais do mundo em que um livrinho era o coração, o centro e a alma? De fato, houve tal movimento.
JOHN WYCLIFFE Tudo começou no século XIV sob a liderança de John Wycliffe, que foi chamado a estrela da manhã da Reforma. Ele foi o primeiro homem a iniciar uma tradução sistemática da Bíblia para o inglês. Cito da World Book Encyclopedia, Volume XII, páginas 7902 e 3:
Ele, Wycliffe, fez ataques sistemáticos à ordem estabelecida da igreja e deu ênfase especial a numerosos pontos vulneráveis, principalmente o direito do poder secular de controlar as atividades da igreja.
Mais e mais definitivamente, suas idéias começaram a tomar forma, e por volta de 1375 ele desenvolveu o pensamento que se tornou o princípio orientador de todos os seus atos: que cada cristão individual possa reivindicar dependência imediata de Deus, sem intervenção do clero, cada indivíduo tendo o direito tomar a Bíblia e a razão como fundamentos de sua crença. Em 1373, o Papa Gregório XI emitiu cinco bulas contra ele.
JOHN HUSS Após Wycliffe, veio John Huss (1373-1415), um reformador religioso e mártir boehmiano. Volto novamente para a The World Book Encyclopedia, Volume VI, página 3299.
A quem (John Huss) foi dado transmitir de John Wycliffe a Martin Luther a tocha quando acendeu o fogo da Reforma Protestante. Em 1401 foi ordenado sacerdote, tornando-se um popular pregador e confessor da Rainha da Boêmia. A essa altura, os ensinos do reformador inglês Wycliffe o impressionaram profundamente, e suas traduções dos escritos de Wycliffe e a defesa espirituosa de suas opiniões provocaram a oposição das autoridades universitárias, que o proibiram de discutir as novas doutrinas.
Nem esta proibição nem a bula emitida pelo papa Alexandre V em 1409 contra os ensinos de Wycliffe, nem o decreto de excomunhão dirigido contra ele e seus discípulos no ano seguinte pareceram transformar Huss. Assuntos mudou rapidamente para uma crise. Em 1414, ele foi intimado a comparecer perante o Concílio de Constança para responder às acusações de heresia. Ao chegar a Constança, Huss foi preso e lançado na prisão.
Em 5 de junho de 1415, seu caso foi a julgamento. O Conselho o considerou culpado de heresia e ele foi entregue às autoridades civis para ser queimado na fogueira. A sentença foi executada em 6 de julho e, no dia de sua execução, suas cinzas foram jogadas nas águas do Reno.
JEROME DE PRAGA Ele era um fiel companheiro e defensor de John Huss e sua defesa dos princípios de Huss custou-lhe a vida. Ele foi queimado em 30 de maio de 1416 e suas cinzas jogadas no rio Reno.
Os movimentos, centrados em torno do Pequeno Livro, Ta Biblicathe Book, começando nos séculos XIV e XV, atingiram a maturidade no século XVI, cerca de sessenta e cinco anos após a queda de Constantiopla em 1453 dC Isso nos leva ao grande reformador, chamado o fundador do protestantismo Martinho Lutero (1483-1546 dC)
MARTINHO LUTERO Entrou no mosteiro da ordem dos Agostinhos em Erfurt e em 1507 foi ordenado sacerdote. Então veio o fatídico ano de 1517. Cito o vol. VII, The World Book Encyclopedia, página 4158.
No ano de 1517, Johann Tetzel, um padre dominicano, apareceu nas proximidades de Wittenburg (onde Lutero ocupava a cadeira de Filosofia na universidade; como mensageiro do Papa Leão X, pedindo ao povo que garantisse indulgências. O produto desta venda deveriam ir para a construção da igreja de São Pedro em
Roma.Lutero se opôs a essas vendas e tornou públicas suas objeções pregando na porta da igreja de todos os santos em Wittenburg um protesto que se tornou celebrado como as noventa e cinco teses.
Isso levou ao rompimento com a Igreja Católica Romana e ao movimento de destruição do império conhecido como Reforma. Lutero em 1519 publicamente, em Wittemburg, queimou uma cópia de uma bula papal ameaçando-o com excomunhão.
Convocado perante a Dieta de Worms em 1521, convocada pelo imperador Carlos V para exigir que Lutero se retratasse de suas declarações, Lutero respondeu:
Não posso e não me retratarei de nada, a menos que o que escrevi se mostre contrário às Sagradas Escrituras ou à razão clara, pois agir contra a consciência não é seguro nem correto. Ele encerrou com estas palavras: Aqui estou. Eu não posso fazer de outra forma. Deus me ajude. Um homem.
Colocado sob a proibição do Império, ele voltou para casa, mas ao passar por um vale perto de Eisenach, foi capturado por um bando de cavaleiros mascarados e levado para o Castelo de Wartburg. Isso foi feito por ordem de seu bom amigo, Frederich, eleitor da Saxônia, que temia por sua segurança.
Durante quase um ano de permanência lá, Lutero fez uma tradução do Novo Testamento do grego original para o alemão. Sua tradução fez para o alemão o que a tradução de Wycliffe fez para a língua e literatura inglesas.
Resumo
Assim, vemos que a Reforma veio na hora certa, representada pelo parêntese entre a sexta e a sétima trombetas após a queda de Constantinopla. Foi o movimento mais poderoso desde a inauguração da igreja em Pentecostes e a passagem do livro aberto ao mundo romano nos dias apostólicos e dois séculos depois. Se a apostolado da igreja é um assunto de profecia inspirada, não precisamos nos surpreender que o movimento para se livrar dos grilhões dessa apostolado religioso seja revelado a João em Patmos.
Seria quase impossível empregar qualquer imagem de simbolismo que pudesse retratar tão apropriadamente esse movimento de abalar a terra, centrado em UM LIVRO.
O livro na mão do anjo é um livro aberto, aberto e desenrolado para que possa ser lido. Foi desenvolvido a partir da língua morta e colocado no vernáculo do povo comum. O lugar de destaque dado ao Pequeno Livro certamente é um símbolo de uma grande profecia. É dado que aquele que corre pode ler. A Reforma foi a Obra de um Livro, a Bíblia.
A tradução da Bíblia por Wycliffe, Tyndale e Coverdale, da língua latina morta para o inglês; a tradução da Bíblia do grego para o alemão por Lutero trouxe a Reforma. Devendo sua origem ao livro, fez dele um livro aberto ao mundo.
Hoje a Bíblia, no todo ou em parte, foi traduzida para quase 1.100 idiomas e dialetos. Esta grande conquista é certamente melhor simbolizada por um livro aberto nas mãos de um anjo radiante!
Voltando à última parte de Apocalipse 10:2 , no capítulo dez, lemos sobre este anjo radiante, que tinha na mão um livrinho aberto, e pôs o pé direito sobre o mar e o pé esquerdo sobre a terra. Esta plantação dos pés indica o alcance mundial deste movimento do pequeno livro.
Novamente a comissão original do Cristo estava sendo obedecida. Ide, portanto, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos ordenei, e eis que estou sempre convosco, até o fim do mundo. ( Mateus 19:1-30 ; Mateus 20:1-34 )
E ainda: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas aquele que não crer será condenado. ( Marcos 16:15-16 )
Apocalipse 10:3 Ele clamou em alta voz, como quando ruge um leão. O anjo gritou em alta voz, tão alto que foi comparado ao rugido ensurdecedor de um leão. Embora não tenhamos revelado o que ele disse, há a implicação de que o anjo desejava chamar a atenção dos habitantes da terra e do mar, sobre os quais ele havia colocado o pé esquerdo e o direito, para o livro que segurava na mão. . Como este livro iria desempenhar o papel principal no drama espiritual, ele queria que todos tomassem nota do livro que ele segurava.
Quando ele chorou, sete trovões proferiram suas vozes. Vamos fazer uma pausa para considerar esses sete trovões. Embora não nos seja dito o que eles disseram, e não desejamos ser sábios acima do que está escrito, talvez possamos chegar à razão pela qual João não teve permissão para escrever o que eles disseram. João foi ordenado por uma voz do céu a selar as coisas que os trovões proferiram e não as escrever.
Por mais que gostássemos de saber o que eles disseram, seus pronunciamentos não deveriam desviar nossa atenção do livrinho que o anjo segurava e do que o anjo tinha a dizer. Portanto, faremos apenas uma breve digressão para verificar o que eram esses trovões e o motivo de suas declarações serem retidas.
A Voz dos Sete Trovões
Primeiramente, chamaríamos a atenção para o artigo the. O artigo definido o precede os sete trovões em todas as três instâncias em que ocorre. ( Apocalipse 10:3-4 ) Não temos alusões a esses trovões, nem antes nem depois de sua breve menção. Talvez uma comparação nos ajude aqui. Falamos do prefeito, do governador, do presidente, mesmo que não tenham sido mencionados antes. Por quê? Porque eles são tão conhecidos por todos. Talvez seja por isso que o artigo definido o é usado aqui, porque esses trovões eram fatos tão conhecidos na história.
Algumas páginas antes disso, falamos de Wycliffe, a Estrela da Manhã da Reforma. Le Bas, em sua vida de Wycliffe, página 198, diz:
Os trovões que abalaram o mundo quando saíram das sete colinas emitiram um som incerto, comparativamente fraco e impotente, quando lançados de uma região de santidade menos devotada.
Esses trovões do eclesiasticismo eram todos poderosos porque se originaram da cidade de sete colinas. Roma sempre foi conhecida na história como a cidade que repousa sobre os sete Montes Palatinos, cujos nomes são:
(1) Quirinal (2) Capitolino (3) Viminal (4) Esquilino (5) Palatino (6) Aventino e (7) Célio
Quão apropriadamente deveriam os touros e anátemas lançados da sé romana, situados nessas sete colinas, serem chamados de sete trovões!
Aqui estamos vendo uma cena em que o livrinho é o centro das atenções e esse livrinho expôs a corrupção espiritual e a apostasia bíblica da igreja romana. Como, no simbolismo, o anjo com o livro na mão gritou em alta voz e foi instantaneamente atendido pela voz dos sete trovões; assim na história, no instante em que os homens com a palavra de Deus traduzida começaram a falar do livrinho, Roma trovejou suas bulas e anátemas.
Foi assim com Wycliffe. Citando de nossa citação anterior, Ele (Wycliffe) desenvolveu o pensamento que se tornou o princípio orientador de todos os seus atos: que cada cristão individual possa reivindicar dependência imediata de Deus, sem intervenção do clero; cada indivíduo tendo o direito de tomar a Bíblia e a razão como fundamentos de sua crença. Em resposta a esse uso do Pequeno Livro, o Papa Gregório XI, em 1373, emitiu cinco bulas contra Wycliffe!
Como foi a experiência da Estrela da Manhã da Reforma, assim também Lutero, o Fundador da Reforma. Ouça Myers sobre isso:
Passaram-se seis anos após a visita de Lutero a Roma quando Tetzel iniciou no bairro de Wittenburg, onde Lutero estava, a pregação de indulgências. As pessoas corriam em grandes multidões atrás do pregador de indulgências. Lutero ficou muito aflito. Não conseguindo que ninguém com autoridade interviesse para acabar com o escândalo, resolveu ele mesmo se encarregar do assunto. Assim, ele redigiu noventa e cinco teses sobre indulgências e as pregou na porta da igreja do castelo em Wittenburg.
Por meio da imprensa as teses foram veiculadas. Eles foram avidamente lidos e comentados por todas as classes, particularmente na Alemanha. Tetzel emitiu contra-proposições. A princípio, o Papa Leão se inclinou a fazer pouco caso de todo o assunto, declarando que era uma mera disputa de monges, mas por fim ele se sentiu constrangido a tomar medidas decisivas contra Lutero. O monge seria silenciado por uma bula papal.
Por fim, uma cópia da bula papal chegou às mãos de Lutero. Lutero tomou uma determinação surpreendente. Resolveu queimar o touro. Um fogo foi aceso fora de um dos portões de Wittenburg, e na presença de uma grande multidão de médicos, estudantes e cidadãos, Lutero lançou a bula, junto com os decretos papais e alguns livros de seus oponentes, nas chamas.
O audacioso procedimento levantou uma terrível tempestade, que rugiu alto como o céu, largo como a terra! Lutero escreveu a um amigo que acreditava que a tempestade nunca poderia ser acalmada antes do dia do julgamento. Myers Medieval and Modern History, páginas 302, 303, 304.
Assim vemos que o Pequeno Livro aberto que iniciou a Reforma, chamou os sete trovões que proferiram suas vozes. Os pronunciamentos papais que por tanto tempo haviam abalado o revivido império romano, na forma de poder eclesiástico, foram lançados contra os tradutores da Bíblia e os primeiros líderes do grande movimento de reforma.
O papa, afirmando ser o vigário de Cristo, lançou seus anátemas na voz dos sete trovões vindos da cidade das sete colinas do Palatino.
Vamos agora voltar às Escrituras.
Apocalipse 10:4 João estava prestes a escrever, mas lemos, ouvi uma voz do céu dizendo-me: Sela as coisas que os sete trovões proferiram e não as escrevas. Por quê? Porque os pronunciamentos de uma igreja apóstata e de seu suposto vice-regente de Deus não têm a mesma autoridade que a Palavra de Deus e não devem ser considerados ou tratados no mesmo nível das Escrituras contidas no livrinho.
A Voz do céu ordenou-lhe que selasse o que a voz dos sete trovões proferiu. Não deveria ter muito ou porção nas palavras registradas por sanção divina. A voz das sete colinas não tem posição ou autoridade divina e está condenada ao esquecimento! Essa é a estimativa do céu da inutilidade dos pronunciamentos papais. Quisera Deus que a vontade de Deus fosse feita assim na terra como no céu.
João não deveria registrar esses sete trovões como a Palavra de Deus. Este simbolismo da voz dos sete trovões representa simplesmente o que aconteceu com aqueles que usaram o livrinho aberto.
Em 1518, Lutero escreveu ao papa defendendo seu curso de ataque a Tetzel, mas declarou: Reconhecerei tua voz como a voz de Cristo! Como João, que estava prestes a escrever a voz dos sete trovões nas escrituras, Lutero e os outros reformadores estavam inicialmente dispostos a recebê-los como sendo de autoridade divina.
E, novamente como João, quando ouviu a voz do céu que dizia, sele as coisas que os sete trovões proferiram e não as escreva, não incluiu essas declarações no livro de Apocalipse, então esses reformadores, quando eles também , ouviu a voz da autoridade divina do céu, rejeitou os trovões das sete colinas.
Apocalipse 10:5-7 E o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão ao céu e jurou por aquele que vive para todo o sempre, que criou o céu e tudo o que nele há, e a terra e as coisas que nela há, e o mar e as coisas que nele há, para que não haja mais tempo.
Aqui descobrimos um paralelo maravilhoso. Em Apocalipse 6:11 , os santos sofredores, mártires da perseguição romana pagã, foram informados de que deveriam descansar por um pouco de tempo (CHRONOS) até que seus conservos também, e seus irmãos, que deveriam ser mortos como eles, fossem cumpridos. .
Este segundo grupo de mártires, aqui referidos, são aqueles que sofreram nas mãos da Roma papal. A estes vem a garantia de que deveria haver tempo (CHRONOS, a mesma palavra usada em Apocalipse 6:11 ) não deveria ser mais ou literalmente tempo, ou demorar mais, mas que nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele começará a soar, o mistério de Deus deve ser concluído, como ele declarou aos seus servos, os profetas. ( Apocalipse 10:7 ) Nota: a palavra declarada aqui significa literalmente pregado as boas novas.
Os mártires do paganismo romano clamam Ó Senhor, até quando, aqui ao segundo corpo de mártires é dada a garantia de que os eventos estão chegando ao fim.
O mistério de Deus, neste caso, é o mistério de sua longa demora em exercer a autoridade divina, em oposição à autoridade papal puesdo, e em abrir as Escrituras para revelar a apostasia da então existente igreja corrupta.
Devemos observar cuidadosamente que o anjo não declara que o tempo não terminará até que a sétima trombeta seja tocada, mas sim que os dias da tribulação estão chegando ao fim e seu fim não demorará muito.
Então o mistério de Deus, de sua obra criativa, seu trabalho redentor e sua preparação de um lugar para os redimidos, será completado e totalmente compreendido.
Apocalipse 10:8-10 E a voz que ouvi do céu tornou a falar comigo, e disse: Vai e toma o livrinho que está aberto na mão do anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra. E fui ao anjo e disse-lhe: dá-me o livrinho. E disse-me: Toma-o e come-o; e te fará amargo o ventre, mas na tua boca será doce como mel.
E peguei o livrinho da mão do anjo e o comi; e na minha boca era doce como mel; e assim que o comi, meu ventre ficou amargo.
Devemos voltar ao livro de Ezequiel, que tanto nos ajudou na interpretação do simbolismo. Aqui o profeta do Velho Testamento recebe uma comissão concernente à casa rebelde de Israel.
Mas tu, filho do homem, ouve o que te digo; não sejas rebelde como aquela casa rebelde; abre a tua boca e come o que eu te dou. E quando olhei, eis que uma mão foi enviada a mim; e estava escrito por dentro e por fora, e nele estavam escritas lamentações, pranto e aflição. ( Ezequiel 2:8-10 )
Como João, este rolo era doce para a boca do profeta, mas tornou-se amargo porque estava cheio de lamentações, lamentos e aflições.
Ezequiel foi comissionado para falar contra Jerusalém e o templo, e na visão de João, uma cidade e um templo aparecem em símbolos no décimo primeiro capítulo. Portanto, essas duas visões, uma do Antigo Testamento e a outra do Apocalipse, estão em estreita afinidade.
John comeu o livro e achou-o doce ao paladar, em sua boca. O salmista disse, da palavra de Deus, ou mandamentos e julgamentos, eles são mais desejáveis do que o ouro, sim, do que muito ouro fino, mais doces também do que o mel e o favo de mel. ( Salmos 19:10 )
Mas na barriga, John achou o livro que havia devorado algo amargo. Devemos observar que a palavra barriga é usada em vez de estômago. O estômago é um local de armazenamento de alimentos; mas é no ventre que ocorre a digestão. A Palavra de Deus é doce como mel ao ser comida, mas amarga quando digerida e assimilada.
João aqui experimenta simbolicamente o que os reformadores e seus seguidores realmente descobriram ao digerir este pequeno livro.
Enquanto comiam o livro com grande prazer, os resultados que se seguiram foram realmente amargos.
A igreja católica romana havia escondido suas cerimônias em formalidades ritualísticas e seus serviços em latim, uma língua morta. Eles esconderam a Bíblia na poeira dos mosteiros e a enterraram sob o acúmulo de escombros do eclesiasticismo, da tradição e dos decretos papais.
Enquanto hoje um gesto é feito para indicar a aceitação da Bíblia, há o registro negro de séculos de oposição à distribuição da palavra de Deus com incontáveis instâncias de queimá-la publicamente.
Em muitos países a Bíblia era um livro proibido e aqueles que a liam e seguiam eram submetidos ao mais amargo tipo de perseguição. Para encobrir esse estigma, a igreja romana afirma ter preservado a Bíblia. O único grão de verdade nesse pronunciamento é que foi uma preservação por total negligência e não uma impressão, leitura e prática de seu ensino.
Todos, ainda hoje, que lêem este livrinho, acham-no doce ao paladar, mas digeri-lo na prática traz grande amargura.
Apocalipse 10:11 E disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos e nações, e línguas e reis.
Aqui vemos outro resultado de comer este livro. A palavra profetizar não significa apenas predizer, mas também ensinar e declarar a palavra de Deus.
Esta mensagem do evangelho foi originalmente declarada pelos apóstolos, tanto pessoalmente quanto por meio daqueles que pregaram fielmente a doutrina ou ensino dos apóstolos. Durante séculos antes dessa visão, a pregação da palavra quase havia cessado. Agora, com a ingestão deste pequeno livro trazido de volta ao povo pela tradução e pela imprensa recentemente inventada, experimentou-se um grande reavivamento da pregação apostólica.
Esta palavra deveria ser declarada a muitos povos, nações e línguas, e até mesmo a reis em altos cargos.
Ao encerrar este capítulo, deixamos um pensamento final. Este livro deve ser devorado, no todo e não em parte. Não devemos comer algumas porções escolhidas daquilo que é agradável e agradável para nós, mas devemos digerir tudo, mesmo que o efeito resultante seja um grande amargor.